quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ATO DE DESAGRAVO DO PROFESSOR TONINHO

 O DESCALABRO DO MARANHAO – A SALVAÇAO DOS FILHOS MARANHENSES DIANTE DA ENGENHOSA MENTIRA.
                                                                                       Olhar o outro nos olhos, Sentir a dor, a saudade, A tristeza, a necessidade De apoio, incentivo… É no olhar de cada um que recolho A semente que cultivo No profundo de meu ser: Amar ao próximo é viver.
( Rui Barbosa)

O que mais vemos atualmente é que há uma enorme falta de amor ao próximo. E, esse próximo não é aquele que mora em outro país ou outra cidade. É aquele que você encontra todos os dias na rua, que mora vizinho a você ou ainda dorme contigo na mesma casa.
O amor é imprescindível para se fazer alguém feliz e ainda para se ter a felicidade e ele não exige abraços e beijos. Muitas vezes pode se manifestar num sorriso, num aperto de mão afetuoso e ainda quando se olha profundamente nos olhos do outro, sentindo sua necessidade, seu problema.
Ademais, se os homens fossem bondosos, verdadeiros, afáveis, íntegros e sagazes, então teríamos o paraíso na humanidade, porém você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados.

Procure salvar quem está sendo arrastado para a morte. Você pode dizer que o problema não é seu, mas Deus conhece seu coração e pagará de acordo com o que cada um fizer. (Provérbios 24:11,12).

Fazer o bem quer dizer ser magnânimo, não importando com quem. Posso ajudar, pois me é instintivo auxiliar quem precisa independente de raça, condição social, origem ou religião. Mas, ajudar tem uma conotação diferente de dar, ajudar é ensinar a pessoa a evoluir através do conhecimento.
Entretanto, nos dias de hoje, realmente são raras as pessoas que se colocam no lugar do próximo e, mesmo assim, não podemos fazer um estereótipo, pois paradigmas existem para serem quebrados.
A engenharia da mentira e do anonimato sobrepõe muitas das vezes a própria realidade. Mas não vai sobrepor ao mais digno dos sentimentos O AMOR.

O fato de termos recebido alguns garotos, em meados de junho, vindo de outro estado aqui na cidade de Castilho-SP para residirem, estudarem e praticar a modalidade esportiva de futebol não quer dizer que vieram tirar a oportunidade dos filhos castilhenses e sim agregar relatos importantes em nosso município da dura realidade vivida em seu estado de origem e desta forma interagirem com nossos filhos castilhenses.

Diferentes das oportunidades oferecidas em outros estados, nosso estado e, mais especificamente, o nosso município, oferece políticas públicas de esporte e que muitas vezes não eram aproveitadas por nossos jovens. Mas com a chegada destes garotos, as turmas de treinamento da CME de Castilho na modalidade de Futebol que tinham números reduzidos de participantes nos períodos da manhã e tarde passaram a ter números elevados significativamente como, por exemplo, no período da manhã, antes de seis a doze garotos no máximo, hoje de 22 a 33 garotos, e período da tarde, que era de 12 a 16, passou para de 23 a 50 garotos. Estamos numa crescente e a cada dia novos garotos nos procuram e temos convicção que os depoimentos destes jovens que vieram de outro estado tiveram sim uma participação efetiva para que isto ocorresse. Garotos com 17,18 e 19 anos de idade, evangélicos, cozinham, limpam a própria casa e buscam um sonho como milhares de jovens em todo país.  Aí eu pergunto: será que temos o direito de dizer quem pode ou não morar em Castilho? Hoje eles recebem ajuda financeira da própria família para poderem se alimentar e dividem as despesas entre eles, desta forma estão consumindo no comércio local como tantos que vieram de outras cidades e estado para trabalharem em Castilho e região. Pergunto novamente: por que o estereótipo?
A pior miséria que o ser humano pode possuir é a pobreza de espírito, porém a alma da fome é política! A fome e a miséria terão que estar em todos os debates, palanques e comícios. O Brasil tem fome de ética.

Opiniões sem fundamento e depoimentos infundados e anônimos foram proferidas em nome dos promissores educadores desta comarca bem como dos filhos do maranhão, porém não há grandeza onde não há a verdade. Ao contrario do lançado pela mídia e sustentado pelos malfeitores da engenhosa mentira, os depoimentos destes menores ressalta a dura realidade que viviam e agradecem aos educadores do amor a oportunidade, talvez única, de superação e entusiasmo para o conhecimento e a busca dos ideais e futuro pródigo.

Reflitam nestes depoimentos autênticos:

A Casa que estamos é um palácio, pois onde estávamos era bem pior(J.P.A )

Eu, D. O. O, L. L. A e Y. F. B, estamos treinando no time de Castilho desde Abril de 2013 com o prof.Toninho e prof.Elismar e podemos dizer que desde o começo não tinha quase ninguém no treino, no máximo tinha 4 meninos da cidade. O Toninho teve que buscar garotos de fora para completar o time por que garotos da cidade não davam nem pra formar um time e com a chegada desses meninos do maranhão só ajudou o time de Castilho, pois os mesmos incentivaram os meninos de Castilho que não estavam treinando e ai a maioria dos garotos de Castilho voltaram a treinar com a chegada dos meninos do maranhão, agora as pessoas que não estão vendo os treinos, não vem no campo pra ver quantos meninos tem de Castilho e ficam falando que o prof.Toninho esta desmerecendo os meninos de Castilho e isto não acontece, é uma inverdade, porque eles não estão aqui presente todo dia para saber o que esta acontecendo no campo e se os meninos de Castilho estão presentes ou não nos treinamentos. O prof.Toninho fornece academia para todos os jogadores que estão frequentemente nos treinamentos, coisa que nunca teve em Castilho, nós estamos fazendo amistosos com times que disputam federação paulista para mostrar o grupo de jogadores como um todo, independente se é do Maranhão ou de Castilho.

Eu Willian da Silva Lima e Carlos Henrique Amorim Oliveira somos testemunhas de que o trabalho do professor Toninho está sendo feito de maneira digna e correta, onde ele procura sempre estar ajudando as crianças e jovens de Castilho através do esporte, foi por isto que nos saímos do estado do maranhão e viemos para Castilho em busca de nossos objetivos por entender que aqui tem uma visibilidade maior do que na cidade onde morávamos, não viemos aqui tirar o espaço de ninguém, mas podemos passar para os jovens daqui o quanto é difícil em nosso estado e aqui as oportunidades são maiores e eles não valorizam, com isto passaram a vir novos garotos treinar e até mesmo aqueles que pararam retornaram, nossos relatos sobre nossas condições de treino como. por exemplo, campos de terra, sem vestiário, sem água potável, fizeram eles enxergarem que muitos por ai afora não tem nada do que eles têm aqui.
Temos hoje vários garotos na faixa etária de 11 a 18 anos treinando com vontade, pois através do trabalho do Prof. Toninho, oportunidades estão surgindo como, por exemplo, o Rafinha e o Halyf que estão no Avaí.E.C ma categoria sub 15 para jogar o campeonato catarinense. Além deles, outros garotos estão com possibilidades de serem avaliados em partidas amistosas contra equipes da região que disputam o campeonato paulista de base e por aí vai.

Eu Carlos Henrique já passei por varias cidades e encontrei diversos tipos de pessoas, jamais ninguém igual ao Professor Toninho que não se preocupa com os interesses pessoais e sim com o nosso bem estar, por isto confio no trabalho deste professor que é amigo, homem de caráter, digno e honesto  e que faz o bem pela cidade de Castilho como um todo, desta forma eu só tenho que agradecer pela oportunidade.

Eu Willian da Silva, apesar de ter apenas 18 anos de idade, já vivi situações muito desagradáveis, fui humilhado por tentar buscar este espaço no esporte, mas aqui, ao encontrar o Professor Toninho, pude reunir forças e me alimentar com uma nova chance, pois já estava desiludido de ter que conviver com pessoas mesquinhas e que só pensavam no bem estar deles, mas, graças a Deus, ele abriu de novo uma porta em minha vida ao conhecer o Professor Toninho que nos recebeu muito bem e, ao contrario de alguns comentários maldosos no “FACE”, quem custeia nossa alimentação são nossos pais, o meu, por exemplo, é assalariado e me ajuda dentro de suas possibilidades por saber que quero muito vencer este caminho e poder ajudá-lo num futuro próximo. Enfim, só temos que agradecer esta oportunidade em nossas vidas, embora que algumas pessoas da comunidade local fizeram tantas críticas infundadas que acabou resultando na exclusão do professor Toninho junto à chefia do Desporto e Lazer de Castilho.  MAS, A PALAVRA DE DEUS FALA: OS HUMILHADOS SERÃO EXALTADOS.
--------------------------------------------------------------------------

Conclui- se que: “Num tempo de enganos universais, devemos  estar atento às ideias novas, que vêm dos outros. Nunca julgar que aquilo em que se acredita é efetivamente a verdade”
Vou terminar com uma frase que achei linda: "O melhor modo de encontrar a si mesmo e se perder servindo aos outros." Mahatma Gandhi


Espero que aceitem o desagravo e que as mentiras alheias não desvirtuem nossas verdades. 

Antonio Carlos da Silva Barros.( Toninho)

Publicado originalmente no Jornal A Verdade.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A CANA QUE QUEIMA. DE QUEM É A CULPA?


       Todo ano é a mesma coisa. Durante os meses de maio a outubro os incêndios em canaviais transformam a atmosfera das cidades do interior de São Paulo.
       O sol brilha opaco, o céu fica cinza e o ar seco dessa época ganha a companhia indesejada do gás carbônico. Nesse conjunto de fatores a respiração fica comprometida. A tosse é o primeiro sintoma, que atinge mais severamente os mais velhos e as crianças. Os hospitais ficam cheios. Formam-se filas no setor de inalação, onde as pessoas procuram aliviar as consequências de tanta fumaça no ar.
         Existem alguns protocolos assinados pelos representantes das Usinas de Álcool e o governo do Estado de São Paulo que determinam o controle das queimadas nos canaviais. No caso de Castilho-SP e região, cuja declividade é baixa, este acordo prevê quase que a proibição da queima deste monocultivo[1]. Entretanto, elas continuam acontecendo.

Figura 1 – Incêndio de canavial no dia 02 de agosto assusta castilhenses.



Figura 2 – Novo incêndio de grandes proporções no dia 04 de agosto, mais uma vez pôde ser visto da cidade de Castilho-SP.
Fonte: arquivo pessoal de Marco Apolinário.

         Os responsáveis pelos canaviais argumentam que se trata de incêndios involuntários. Alegam que são acontecimentos corriqueiros para esta época do ano, onde a falta de chuvas e as bitucas de cigarro atiradas dos carros de cidadãos comuns é que ateiam fogo nas plantações. Ou ainda argumentam que muitas vezes tudo é culpa de algum vândalo descontente com alguma usina de álcool.
             Mas, é preciso esclarecer. Se estes incêndios são fruto do desleixo de algum fumante, por que a imensa maioria deles acontece justamente em canaviais? Por que não nas pastagens secas desta época? Ou ainda, por que a maior parte destes incêndios se dão em canaviais já prontos para o corte, visto que para qualquer vândalo inteligente seria mais coerente por fogo em canaviais ainda baixos, assim o prejuízo do usineiro seria maior?
             Alguns fatores podem explicar este problema. Existem dois modos de plantio de cana-de-açucar: um deles são as plantações dos próprios proprietários da terra, que no tempo certo vende a produção ao usineiro, a outra forma se dá através dos arrendamentos das terras às usinas de álcool.
           A principal suspeita é que alguns fazendeiros, na ânsia por vender logo a sua plantação de cana, queimam-na para antecipar a colheita. Já nos casos das fazendas arrendadas, a queimada seria feita por algumas empresas que preferem "limpar" o canavial, pois, mesmo sendo mecanizado o corte, a cana queimada facilita e agiliza a colheita, torna mais rápida a passagem das máquinas.
        Ou seja, tudo indica que se trata de casos de pura busca desenfreada por maiores lucros. A poluição que não sai dos escapamentos dos carros que são movidos a álcool, é compensada pelo inferno das queimadas de cana de açúcar.
       Enquanto os coniventes governos e os consentidos ministérios públicos não tomam ações eficientes a população sofre com o ar pesado dessa época do ano. Enquanto os que lucram com estes canaviais não forem responsabilizados por estes danos ambientais nos restará lamentar a perda dos tempos em que Castilho-SP e região tinha na qualidade do ar um dos seus atributos elogiáveis.

Dóri Edson Lopes



[1] Fonte: http://www.grupocultivar.com.br/sistema/uploads/artigos/27-01_gc_cana.pdf