quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Entrevista da candidata a vereadora Profª Giséli

Assuntos abordados:

Sessões noturnas
Águas de Castilho
Salário dos vereadores
Projetos para incentivar o esporte no município
Como atuar para melhorar a qualidade da educação no município
O que pensa sobre quem compra e vende votos
Por que apoia Fátima Nascimento?


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Entrevista com o Candidato a Prefeito Paulo Boaventura, parte final



Temas:

Como utilizar melhor o patrimônio público herdado das Gestões Anteriores
Como administrar a assistência social do município em um ambiente de aumento do desemprego e diminuição da renda
O que Paulo Boaventura acha das pessoas que não votam nele por associarem sua imagem a do atual prefeito


Entrevista com o candidato a prefeito Paulo Boaventura

Temas:

Como aproveitar melhor a Zona Rural para gerar emprego e renda?
Como valorizar o funcionário público em um momento de queda de arrecadação?
Gerar emprego e renda no município, buscando trazer grandes empresas ou incentivando pequenas e médias empresas?


sábado, 24 de setembro de 2016

Entrevista com o candidato a vereador Giovany


Temas abordados:

Sessões noturnas
Águas de Castilho
Salário dos vereadores
Casa de recuperação para dependentes químicos
Como manter a integridade na politica
Educação, instalação de ar condicionado nas salas de aula
Garantir a governabilidade ao futuro prefeito de Castilho.



sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Castilho: a cidade onde Pablo Escobar seria eleito...

Há uns dias terminei de assistir no Netflix a segunda temporada da série Narcos. Pra quem não conhece, a série retrata a vida do talvez mais famoso traficante de drogas da história, o colombiano Pablo Emílio Escobar Gavíria, ou Pablo Escobar como era mais conhecido.
Nessa temporada, Pablo, interpretado pelo excelente ator brasileiro Wagner Moura, vê seu império desmoronar aos poucos, travando uma guerra sangrenta com rivais do mundo do tráfico de drogas, no caso, o Cartel de Cali, e o Grupo de Buscas da Polícia Colombiana, em conjunto com forças do DEA (Departamento Anti Drogas dos Estados Unidos).
Com cada vez menos dinheiro, e com um número cada vez menor de sicários (assassinos particulares), por muitos serem mortos ou presos, Pablo Escobar, aquele que no passado foi considerado pela Forbes o sétimo homem mais rico do mundo, eleito para assembléia parlamentar da Colômbia, que tinha inúmeros seguidores em sua cidade Medellin, se vê morrendo sozinho, em um telhado, tendo como companhia apenas seu ultimo “companheiro’’, o motorista “Limon”.
 “Limon”, na série, é um motorista de táxi que por conhecer um dos principais sicários de Pablo, acaba por se tornar o seu motorista, levando o escondido no porta-malas pelas ruas de Medellin, para que a polícia não o prendesse.
Pode se ver no personagem a admiração, um misto de amor e temor que transcende nos olhos e no comportamento de Limon, admiração essa que nasceu em uma Medellin abandonada pelo poder público, onde um traficante constrói casas (a mãe de Limon mora em uma casa construída e doada por Escobar), hospitais, escolas e dividi uma pequena parte de sua imensa fortuna com essa gente miserável, que sofre de uma carência de cuidado, que é desprezada por quem diz lutar por eles, no caso, os políticos convencionais.
Limon, um jovem até então sem antecedentes criminais, ao conviver com essa realidade se transforma em um tipo de “monstro” capaz das piores atrocidades em nome da lealdade para com aquele que para ele representa a figura de um pai.
Essa forma de “amor” reprime ate seus instintos mais primitivos, não tendo mais sua sobrevivência como prioridade e sim a sobrevivência e a vontade de seu “patrón”.
Limon morre, mas morre atirando, se oferecendo em sacrifício ao seu “santo”, como muitos outros antes dele, vertendo seu ao chão como oferta, impura e desagradável a sociedade.
Castilho, minha “meretriz favorita”, tem em sua história um que de Medellin. Uma sociedade pobre, por anos esquecida e abandonada à própria sorte. Um povo que se acostumou a alimentar-se das migalhas que caiam das mesa dos poderosos e, tendo isso por suficiente, se prendeu a uma devoção inconsciente, irracional, passional. Gente disposta a dar o sangue para defender a honra de seu "benfeitor".
Politicamente falando, Castilho possui muitos "Limons", de várias idades, credos e cores. Alguns, pobres, sem uma oportunidade clara de melhoria de vida, aceitam vender sua liberdade de pensamento por qualquer bocado de pão. Outros, nem tão pobres, mas acostumados ao assistencialismo, não conseguem enxergar uma cidade onde a prefeitura ou os políticos não banquem toda sorte de "ajuda". Preferem vender a alma ao diabo e conseguir uns favores que no fim custam caro, do que apoiar alguém que crie melhorias reais para a sociedade como um todo. Aceitam que o político enriqueça as custas dos cofres públicos, mas não aceitam um político que não pague uma conta de luz, ou ajude em uma festa de fim de ano, pois isso sim é um absurdo imperdoável! Não importa de onde vem o dinheiro, desde que tenhamos nossa parte...
Castilho possui seus “Escobares”, dispostos a qualquer coisa para atingir seus objetivos. Sem escrúpulos, utilizam-se de seu poder financeiro e do discurso para comprar a lealdade, a mente, o fanatismo. Criam seu exercito de soldados dispostos a lutar uma guerra que não é sua, para atender aos interesses que não são seus, motivados por uma paixão cega e destrutiva.
Como o de Medellin, os Escobares castilhenses utilizam qualquer meio que está em suas mãos para fortalecer seu discurso contra os inimigos, não se preocupando com o tamanho do estrago que irão causar. Se necessário perseguem, amedrontam, difamam, utilizam pessoas próximas que não podem se defender, simplesmente para atingir o alvo, acabar com qualquer ameaça nem que para isso causem dor a famílias inteiras. Utilizam seus preciosos recursos humanos, para reproduzir seus discursos de ódio, suas ideias e atrocidades, a fim de que no final saiam vitoriosos, enquanto seus vassalos se estapeiam por uma porção de comida.
Eu, graças a Deus, a minha mãe, a minha avó, ao meu pai, e meus amigos, não nasci pra ser "Limon". Não consigo ter essa devoção a quem faz menos do que deveria e poderia fazer. Não me contento com sobras e não confio nesses "Messias" que tudo podem, como se políticas públicas saíssem do papel como num passe de mágica.
Fujo de pessoas com síndrome de Deus, que são fechados em si mesmo, vistos por si mesmo e por seus seguidores como onipotentes, mas que a meu ver são apenas prepotentes, mentirosos e enganadores. Tais pessoas propõem o absurdo como se bastasse sua vontade para ser colocado em prática, como se dissesse "Haja Luz" e a luz surgisse.
Eu prezo por propostas que melhorem o coletivo, que criem condições para que cada um exerça sua liberdade, não precisando se sujeitar a “boa vontade” de ninguém.
Assistência deve ser dada, pelo tempo necessário, atendendo a quem realmente precisa, servindo como base para que outras ações possam, a médio prazo, libertar a pessoa da tutela do estado. É preciso primeiro dar o peixe, para que a pessoa se alimente, tenha força para que essa depois possa pescar, mas, como a mesma irá pescar se não tiver vara, linha, anzol e isca? É preciso criar meios para que ela não precise receber o peixe pra sempre..
Espero que um dia, nossa cidade seja um local onde ninguém mais precise "olhar" para os pobres, pois não exista mais ninguém que precise ser "assistido". Onde pessoas tenham bons empregos, não precisando se humilhar em época de eleição para tentar conseguir um “carguinho”. Que a cidade dê acesso a uma educação de qualidade, que de condições para um crescimento profissional no futuro, para que não fiquem a mercê de nossos "Escobares".
Mas, e você? Quer ser pra sempre dependente? Se já tem seu "benfeitor" é sinal que busca a sela, a tutela e as migalhas, agora, se como eu, odeia depender de alguém, e ter que depois se prestar a vontade dele, faça um favor a si mesmo, vote em quem tem propostas racionais, reais e possíveis, pois são essas que tem uma impacto maior e melhor no futuro, pois do contrário, ainda conviveremos muito tempo com essa política do cabresto moderno.
Mas, se depois de tudo isso, ainda escolher por um candidato que de dinheiro, edredom, material de construção, cesta básica e afins, manteremos nossa amizade, pois ao meu ver, você é livre até pra se aprisionar em um pasto pequeno, sem grama verde, esperando a mão do criador te dar uma porção pequena de feno...


Silvio Coutinho

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Entrevista com a candidata a Vereadora Michele Rúbio

Assuntos Abordados:

Sessões noturnas
Águas de Castilho
Salário dos Vereadores
Problemas da Zona Rural
Qualidade da saúde do Município
"Doações" em época de campanha: Ajuda ou compra de voto?


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A queda na arrecadação e o Apocalipse do Funcionalismo Público

Ontem, vi uma noticia na Folha da Região alertando para a queda no índice que Calcula o IPM (Índice de Participação dos Municípios) em algumas cidades da nossa região. Esse índice é o percentual aplicado em 25% do total arrecadado do montante da arrecadação do ICMS, que resulta no valor repassado a todos os municípios do Estado.
Na noticia percebe-se que Castilho foi à segunda cidade da região que mais perdeu participação percentual no repasse do IPM, apresentando uma queda de 12,41% no ano base de 2015 comparado a 2014, ficando atrás apenas da Ilha Solteira, com queda 15,98%.
Com base nessa informação, utilizei minhas técnicas “super” avançadas de repórter investigativo, acessei o site www.castilhoonline.com.br, e consultei o valor dos repasses de ICMS e com os valores apresentados la elaborei a tabela abaixo:

Ano
Valor Nominal
Red/Aum nominal
Variação nominal
2012
 R$ 35.950.276,67


2013
 R$ 34.370.772,02
 R$     (1.579.504,65)
-5%
2014
 R$ 36.768.794,06
 R$       2.398.022,04
7%
2015
 R$ 34.420.579,83
 R$     (2.348.214,23)
-7%

Mas o que essa tabela quer dizer?
Significa que o valor repassado para o município de Castilho em 2015 foi 7% menor que no ano de 2014 e que houve uma perda de mais de dois milhões e trezentos mil reais em repasses nesse período, sendo menor que até que 2012, ultimo ano da gestão Dr. Antônio.
Esse dado fica pior quando corrigimos o valor pela inflação acumulada no período 2013/2015 (afinal um real hoje não vale o mesmo que há três anos). Assim, corrigida pelo IPCA do período, o repasse de ICMS real caiu mais de 22% desde 2012.
E a que tudo indica, nosso futuro orçamentário tende a piorar um pouco, não só pela queda em relação ao IPM noticiado, mas também por outros fatores, como a queda na arrecadação estadual (7,1% no primeiro trimestre de 2016 comparado a igual período de 2015), e federal (7,33% no primeiro semestre de 2016 frente ao mesmo período de 2015), que consequentemente diminuem repasses para o município.
Assim, ajustes virão e prioridades terão que ser escolhidas por parte da futura administração municipal.
O próximo gestor ou gestora terá que ter ao seu lado uma equipe técnica com muita capacidade, para que as verbas destinadas sejam bem administradas, sob o risco de a cidade entrar em um colapso financeiro como muitas outras em nosso país.
Além de me preocupar com questões de interesse da sociedade em geral, como educação, saúde, lazer, também me preocupa o fato de ser funcionário público e tirar da administração municipal o meu sustento (não só eu, mas outros mais de 900 funcionários deveriam se preocupar também).
O caso é que pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o município deve destinar no máximo 54% dos recursos para pagamento de folha salarial e atualmente esse percentual esta em aproximadamente 51%. Atingido o limite de 54%, o município precisa se ajustar para reduzir esse gasto, tomando medidas como a redução de pelo menos 20% no numero de cargos de comissão, demissão de funcionários aposentados e posteriormente demissão de efetivos em estágio probatório ou com menor tempo de trabalho na prefeitura.
Em relação a cargos em comissão, para a próxima gestão, os cargos em comissão deverão ser reduzidos de 52 para apenas 15, o que não significaria uma redução tão significativa na despesa com folha, mas que ajudaria a diminuir um pouco o percentual gasto.
Já em relação aos funcionários efetivos, muita gente duvida que realmente possa haver na pratica demissões. Uma busca rápida no Google mostra noticias relacionadas a algumas cidades onde o prefeito decretou a demissão de servidores efeitos, como em Americana onde 800 funcionários efetivos foram demitidos em junho de 2015 para reduzir gastos com a folha de pagamento. 
Para quem não se encaixa nesses "grupos de risco" deve se ter em mente que antes das demissões, atrasos ou parcelamento de salários podem ocorrer, como aconteceu em Uberlândia/Mg,  Sumaré/SP e a nossa vizinha Guaraçai/SP, entre outras cidades.

Assim, é importante nos conscientizemos que a situação não esta favorável a nossa classe, e que em certos momentos é hora de analisar as coisas com o pé no chão.
De modo nenhum isso significa que temos que cruzar os braços e nos conformar a receber “goela abaixo” qualquer decisão da administração futura tome a nosso respeito. 
Deverá haver muita transparência e negociação entre servidores e o (a) futuro (a) prefeito (a), para que se se chegue a um denominador comum que seja bom (ou menos ruim) para os dois lados, garantindo a satisfação do funcionário sem o risco de comprometer os cofres públicos.
O (a) futuro (a) administrador (a) deve ter em mente que o funcionário também precisa de motivação para desempenhar um bom papel, pois não pode esperar que o servidor aceite ficar anos sem receber aumento de salários, regulamentar uma estrutura que só pune o trabalhador, como os descontos do salário de servidores que trabalharam normalmente mas se esqueceram de mecanizar o ponto, entre outras ações, e esperar que o funcionário trabalhe contente e dê o seu melhor.
Deve também criar um sistema que beneficie o bom funcionário, para que ele se sinta valorizado ao desempenhar bem a sua função, criando um reforço positivo, para que as boas ações sejam repetidas e mantidas, mudando essa cultura que hoje domina a mente de muitos servidores públicos municipais de que não adianta fazer algo melhor, pois aquele que faz melhor trabalha mais que o que faz de qualquer jeito e no fim, ambos recebem o mesmo. 
Para que os próximos anos sejam ao menos razoáveis, será necessário não só um representante do executivo muito bom e capaz, com preparo, conhecimento e uma boa rede de relacionamentos em São Paulo em Brasilia, mas também ele ou ela formar uma equipe excelente para ajuda-lo (a), com pessoas capacitadas e não por amizade e compromisso político, pois do contrario, teremos um caos social e econômico, caso esse cenário pessimista de queda nas receitas se confirme.
Servidor, na hora de votar, lembre-se disso, "nada é tão ruim que não possa piorar". Não vote só pela mudança, pois de certa forma, tanto Fátima quanto Paulo, representam mudança, pois ambos nunca tiveram o poder nas mãos para definir os rumos tomados por nossa cidade. Vote pela mudança que traga resultados melhores dos que já tivemos, que representem um avanço ou ao menos uma manutenção de tudo de bom que foi conquistado até agora. Há momentos em que podemos sonhar com um futuro próximo bem melhor, em outros, não retroceder é lucro.
A próxima administração terá um abacaxi tão grande para descascar, que fez com que o atual prefeito não tentasse concorrer a reeleição (imagino eu), então devemos valorizar os candidatos que estão ai aceitando esse desafio, mas, lembrando que a partir de 1º de janeiro de 2017, quem sentar na cadeira do executivo devera estar apto a enfrentar tal cenário e responder da melhor maneira possível.
Espero que todas as minhas previsões não se concretizem e que eu seja ridicularizado por parte dos meus colegas, como sei que muitos fazem quando expresso minha preocupação, ironizando que eu acho que tenho uma bola de cristal, ou que sou puxa saco de prefeito, mas o fato é que eu adoraria ter um aumento que compensasse as perdas dos últimos quatro anos, mas não acredito nisso, embora torça para estar errado em tudo que escrevi até agora, afinal, prefiro um bom aumento e melhores condições de trabalho nos próximos anos do que estar certo nas previsões.
Que o candidato vencedor faça o melhor por Castilho e por nós, servidores públicos municipais!
Amém! 

Silvio Coutinho

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Entrevista com o candidato a vereador João Lameu

Assuntos abordados:

Histórico pessoal dos 12 anos em que foi vereador
Sessões Noturnas
Salário dos Vereadores
Águas de Castilho
Cavalgada e traduções rurais maltratam animais? (APACA)
Crise financeira municipal (Haverá necessidade de cortes de despesas)
Debate ou negociação? Qual a melhor forma de aprovar projetos de interesse público?


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Meu nome não é Johnny

Ontem à tarde, estava no encontro de motociclistas, eu e uma amiga conversando, ambos, “levemente alterados”, quando ela me contou que o evento estava marcado para acontecer na “Conveniência do Bomba”, mas de ultima hora teve que ser realizado no Castilho Tênis Club, pois o atual prefeito, Joni Buzachero, havia impedido a realização por motivos que eu sinceramente não me recordo. No decorrer da conversa, ela cita que a cidade necessita de mudança, que o Paulinho Boaventura era um cara legal, mas foi conivente com os erros do Joni e agora queria dizer que não teve culpa, que iria votar na Fátima por esse motivo e por ai vai...
Aconteceu que eu acabei discordando desse argumento (não do fato dela votar na Fátima, deixo isso bem claro). Me posicionei dizendo que eu não acreditava que o Paulinho tinha tanto poder enquanto vice-prefeito, como algumas pessoas acham, e iria argumentar que pensava assim pois o Joni me parece ser do tipo fechado ao dialogo, que decide e depois apenas anuncia a população, não me parecendo ser aberto ao dialogo. Conclui isso pelas reuniões que participei, greve e reivindicações onde ele sempre me parecia fechado a negociações, mas, posso estar o julgando errado pelo pouco de informações e contato que tenho com ele. O fato é que antes de terminar meu raciocínio ela me interrompeu dizendo que pela maneira que eu falava, deixava claro que estava do lado do Paulinho. Encerramos a conversa ai..

Hoje, conversando com outro amigo, falando sobre a política de Castilho, ouvi um argumento bem parecido, de que o Paulinho foi conivente, que deveria ter entrado ao menos em um atrito com o atual prefeito e passei então a pensar em quantas pessoas utilizam esse mesmo argumento, mas acabei não discordando da fala dele, lembrando que eu poderia ser “acusado” de estar do lado do Paulinho.
O fato é que narro isso não como critica á ambos, até por que pode ser que eles estejam certos e eu errado, mas para contextualizar um cenário presente na nossa cidade.
Muitos dos eleitores deixam de votar no Paulo não por quem ele é, ou por seu plano de governo caso eleito, mas sim pelo que ele representa na mente dos eleitores, ou seja, a continuidade de uma administração marcada pela grande insatisfação popular.
Da mesma forma, muitos não votam na Fátima, não por ela ter prejudicado alguém, causado danos aos cofres públicos, entre outros erros que nós sabemos que não foi à pessoa dela em si quem cometeu, mas sim por eventuais erros que a administração que seu falecido marido tenha cometido.
Desse modo, a eleição não parece uma disputa entre Fátima Nascimento e Paulinho Boaventura e sim entre os legados de José Miguel e Joni Buzachero. O que as pessoas físicas de Paulinho e Fátima pretendem fazer caso eleitos parece ficar em segundo plano, sendo mais importante a figura desses dois personagens que sequer disputam a eleição.
Ambos já tiveram seu tempo, erros, acertos e oportunidades, sendo que agora é a hora de Fátima e Paulinho tomarem a rédea desse município, enfrentarem os problemas que virão e escreverem seus nomes na história de Castilho, seja de maneira positiva ou negativa. 
O passado deve ser passado pra trás e o futuro deve ser depositado na confiança ou da Fátima ou do Paulo, votando para aquele que apresente as melhores características para governar nossa cidade.
Fátima não é José Miguel e Paulo, não é Joni! Ambos são pessoas, cada um com sua particularidade, capacidade, ideais e visão de futuro
Se eu fosse candidato e enfrentasse Fátima, não gostaria que votassem em mim apenas por que não aprovaram a administração José Miguel, que ocorreu há 20 anos. Da mesma forma que se eu enfrentasse o Paulo, também não iria querer que votassem em mim apenas por não aprovarem a gestão Joni Buzachero. Gostaria que votassem por acreditar que EU tenho capacidade para governar e tomar decisões melhores que meus antecessores, mas, talvez por pensar assim é que eu não venço eleição nem pra representante de bairro.

 Se a Fátima não for melhor administradora que seu falecido marido e se Paulo não for melhor administrador que o Joni, qual o sentido de estarem disputando essa eleição? Os dois candidatos tem a história para observar os erros e acertos de cada administrador do passado e podem melhorar assim sua forma de governo.
Parafraseando Paulo, o apostolo, “Uns são de Paulo (o político) outros, são de Fátima, mas eu sou de Castilho” e por isso, seja Paulo, seja Fátima, o (a) candidato (a) que ganhar a próxima eleição terá o meu apoio e a minha oposição. Apoio no que for do interesse do município e oposição no que não for, mas certamente vou sempre torcer para que desempenhem um bom papel para a nossa cidade, seja quem estiver sentado na cadeira do executivo.
Os eleitores do candidato ou candidata derrotada deveriam fazer o mesmo, pois quem perde com uma administração ruim somos nós mesmos, cidadãos de Castilho, que dependem de políticas públicas eficientes para garantir saúde, educação, lazer, segurança, emprego, entre outros.
Deixemos revanchismo e brigas que não acrescentam a nada e vamos todos juntos lutar por uma castilho melhor, seja guiado pelas mãos do Paulo, ou da Fátima!

Silvio Coutinho

domingo, 4 de setembro de 2016

Como criar politicas públicas eficientes para sociedade? O que penso eu sobre isso...

Estamos a vinte oito dias das eleições municipais e este é certamente um dos assuntos mais comentados nas rodas de amigos. Alguns comentam que odeiam política, e por isso não se envolvem nela, outros, como eu, respiram política e dificilmente conseguem ficar um dia sem falar sobre isso (deve ser chato conviver comigo).
Mas o fato é que tenho consciência da abrangência da política em diversas esferas da nossa vida, de modo que, pensar sobre política é pensar sobre praticamente tudo, desde as necessidades básicas e atuais como alimentação, segurança, até questões mais profundas como o tempo que vivemos e a qualidade com que vivemos, o futuro de nossos filhos, netos, etc.
Assim, vejo a política como a mais importante forma de transformação social, pois através dela são implantados os pilares que sustentarão nosso presente e futuro social. Através da política é que ações são tomadas para garantir o emprego que nos da a renda para suprir nossas necessidades, a educação que vai garantir que nossos filhos possam estudar gratuitamente, o médico que nos atende nos postos de saúde, a limpeza das ruas que garantem um ambiente saudável e por ai vai. 

Dessa forma, venho aqui escrever sobre alguns pontos, na esperança que possa ser útil para algum candidato ao executivo ou legislativo, exercendo meu papel de cidadão dessa forma, já que eu não vou estar diretamente ligado a essas duas esferas.
Hoje, Castilho tem alguns problemas que são de pleno conhecimento da população, mas que dificilmente são discutidos fora do censo comum. Quando se fala em corte do transporte universitário, por exemplo, parece só existir os contrários e os favoráveis, ambos, utilizando argumentos pouco aprofundados, argumentando que a prefeitura tem que cortar gastos, no caso dos favoráveis, ou que por ser rico, o município tem sim que bancar o ônibus, no caso dos contrários ao corte. Dificilmente se foge dessa regra...
O fato é que os dois lados estão certos e errados ao mesmo tempo, pois sim, realmente a prefeitura é rica, mas não tanto quanto se pensa e não é por isso que o executivo tenha que sair gastando a torto e a direito e, sim, deve se conter gastos, mas há outros menos necessários que também deveriam ser cortados, como viagens e regalias para políticos e funcionários de alto escalão,
Eu penso que dificilmente, para não dizer “impossivelmente”, o fim transporte gratuito para os estudantes universitários será revogado, pois envolve muito mais do que apenas a vontade do administrador público, como a pressão do Tribunal de Contas, que é totalmente contrário a esse tipo de gasto em um momento como o atual.
Sendo assim, por que não criar um programa de estagiários, de diferentes cursos superiores e técnicos, remunerando o mesmo para prestação de serviços para população? Assim, essa bolsa poderia ser utilizada, entre outras coisas, para custear o transporte dos mesmos até o seu local de estudo. Os estudantes que se enquadrassem teriam o auxilio e a sociedade receberia de volta o investimento feito em forma de um serviço útil a ela.
Com um tipo de programa assim, o executivo poderia resolver uma equação difícil: Como expandir o serviço público, com melhor qualidade, sem um causar grande impacto financeiro no orçamento municipal?
Com estagiários, seria possível utilizar monitores para criar espaços públicos atraentes ao jovem, que hoje conta com pouca opção de lazer, esporte e cultura.
É necessário ocupar os espaços públicos, como escolas, praças, estação ferroviária e obras feitas por gestões anteriores que não são atualmente utilizadas, como os centros comunitários e o Centro de Eventos Culturais.
Com um programa desse tipo, seria possível transformar esses locais em centros de práticas esportivas, (já que o único ginásio municipal e insuficiente para atender as demandas esportivas do município) pratica de aulas de dança, teatro, oficinas de arte, artesanato e uma infinidade de atividades que podem ser executadas nesses locais,  e ainda criar na sociedade a consciência de preservação do patrimônio público, demonstrando na prática os benefícios dos mesmos para o coletivo. sem causar um aumento considerável nas despesas públicas,
Sem contar que a utilização desses espaços pode evitar que os mesmos sirvam de locais para uso de drogas e álcool, como acontece atualmente, causando revolta na comunidade vizinha aos mesmos.
Penso que o melhor para o município são ações onde varias áreas são interligadas, como nesse esboço acima, que engloba educação (ensino universitário e técnico), renda (bolsa para estagiários), que poderia ser utilizado, entre outras coisas, para o transporte do mesmo até ao seu local de estudo (transporte público) serviços públicos para a população (esporte, cultura, lazer, conservação de espaços públicos, programas de prevenção de doenças, etc) obtidos através da prestação de serviço por parte dos estagiários remunerados, que somados podem criar um ambiente social melhor, reduzindo problemas relacionados ao consumo excessivo de drogas, já que tais espaços agora terão um uso mais racional. As vezes, o que diferencia o usuário esporádico de drogas, do usuário frequente ou viciado, é a falta de atividades que tragam satisfação ao mesmo, pois, pra muitos, a droga é a forma mais acessível e barata de obtenção de prazer. Claro, reduzir o problema das drogas a somente um fator, seria leviandade da minha parte, mas é um ponto a se pensar.
Dessa forma, ajudaria a criar um sociedade mais saudável, física e mentalmente, reduzindo possivelmente despesas com saúde e segurança pública (a palavra de ordem agora não é justamente economizar?). 
Bem, fica ai pra quem quiser ler, o meu ponto de vista sobre um tema e espero não ter sido uma formula idiota e de difícil aplicação, para que você não tenha perdido seu tempo em ler tal dissertação. Estou aberto sempre á discussões, acho que assim é que se melhora uma ideia.. Se alguém quiser conversar, estou ai!

Silvio Coutinho

sábado, 3 de setembro de 2016

Entrevista com o candidato a vereador - José Henrique (Men)

Nessa entrevista com o candidato José Henrique, mais conhecido como Men, tratamos dos temas abaixo citados:

  • Aumento de salários do legislativo
  • Realização de sessões noturnas
  • Águas de Castilho: Assunto batido ou atual?
  • Assessores 
  • Outros


domingo, 28 de agosto de 2016

Sobre quem vou votar nas próximas eleições

Primeiramente, Fora Temer...
Segundamente, tenho algumas certezas na vida. Uma delas é a certeza da morte, outra é que até o fim da eleição muita gente vai brigar por causa de divergência política.
Assim, todo aquele que se posiciona na defesa de um partido, candidato ou ideologia, tende a enfrentar oposição, crítica, ofensa, entre outras coisas. Isso se dá pela paixão envolvida no contexto político, em parte, e também pelos benefícios que a vitória traz para aqueles que vestem a camisa e trabalham para um candidato, seja com nomeação em cargos ou influência e livre acesso para obtenção de benefícios pessoais nas esferas tuteladas pela administração pública.
Pensando nisso, como participar no contexto político, sem os dissabores da tomada de partido?
Não sei exatamente responder a isso, mas tenho tentado conversar com as pessoas em meu ciclo de amizades, explicando sobre política, a importância que a mesma tem na vida do cidadão, e o que cada ente da administração pública faz.
Sempre ao ver uma promessa de um vereador que diz que vai dar aumento para funcionários públicos, ou vai construir uma creche em um determinado bairro, asfaltar rua, esclareço que vereador nenhum tem esse poder, pois a ele cabe legislar, fiscalizar, cobrar, mas não executar.
Da mesma forma, quando vejo um candidato ao executivo prometer uma série de coisas que gastam tempo e muito dinheiro, além de depender de outras esferas como a estadual e federal, esclareço que tal promessa é infundada, e explico exatamente o motivo de tal promessa não ser viável ou possível de ser aplicada na pratica. Assim, tenho caminhado nessa campanha, silenciosamente, sem expor preferências, ou pelo menos, tentando não expor um lado.

Mas será isso o suficiente? Não sei...
A única coisa que sei é que, tanto a candidata Fátima, quanto o candidato Paulinho, enfrentarão um momento delicado, com probabilidade de queda da arrecadação, tanto em questão da Usina, bem conhecida do Castilhense, quanto pela diminuição de repasses das esferas estaduais e municipais, que estão enfrentando queda de arrecadação pela crise econômica e política que enfrentamos, aliado a propostas neoliberais que estão as vistas de serem aprovadas, que poderão diminuir repasses em saúde e educação, o que seria uma bomba para o futuro (a) prefeito (a), pois debilitariam os já ruins serviços públicos, fato esse que poderia causar uma perda de popularidade para a futura administração municipal.
Outro problema é que o Tribunal de Contas tem recomendado a extinção de Cargos Comissionados, apontando favoravelmente para a troca por Funções Gratificadas, ou seja, funcionários efetivos. Sem os cargos de comissão, o apoio de alguns daqueles que vestiram a camisa por interesses particulares seria minado, transformando os em ferrenhos opositores.
E quanto ao funcionalismo público? Administrar sem ferir a lei de responsabilidade fiscal, que estipula um teto para o percentual gasto com folha de pagamento e ao mesmo tempo garantir a valorização do funcionário público exigira muito diálogo, negociação e transparência, coisa que faltou na administração atual. O futuro administrador deverá ter jogo de cintura e inteligência para garantir ao menos o minimo de satisfação da classe que move a administração pública que são os trabalhadores.
Diálogo é algo que o futuro representante da administração pública deverá ter, pois a sociedade anseia em ser ouvida. Hoje as demandas são muitas, e um governo fechado em si mesmo, não terá representatividade para alcançar a satisfação popular.
Administrar com menos recursos e atender tais demandas exigira capacidade e eficiência administrativa, buscando meios de economizar em áreas supérfluas e menos necessárias, priorizar eventos e ações que demandem pouco investimento e causem um impacto mais duradouro, beneficiando um numero maior de pessoas torna se essencial.
Utilizar espaços já disponíveis ao invés de construção de novos, interligando cultura, lazer, educação, tudo ao mesmo tempo, algo complicado, mas possível com um pouco de vontade e criatividade.
Utilizar a sociedade civil, artistas, igrejas, instituições, associações, comércio, empresários, através parcerias entre o público e o privado, dando agilidade e maior abrangência as ações públicas.

Poderia colocar muitas outras coisas que acredito serem necessárias a Fátima Nascimento ou ao Paulo Boaventura, mas não quero mais tomar o tempo do leitor.
Ao fim, só quero com esse texto, mostrar ao leitor, eleitor, que o futuro prefeito ou prefeita de Castilho deverá estar preparado para o que há de vir. Não só ele, mas todo seu grupo de apoio devera contar com pessoas capazes, por que nada é tão ruim que não possa piorar.
Se a administração Joni, com mais recurso disponível não foi das melhores, imagina nesses próximos anos com menos recurso disponível. Aliar desenvolvimento social e crescimento econômico em uma época em que o país como um todo esta estagnado será um tanto quanto complicado, pois exigirá muito trabalho e inteligência do gestor público e seus colaboradores.  Então, não jogue seu voto fora, pois estará piorando a cidade para você, seus filhos, parentes, amigos e para mim também,
Por favor, vote em quem você tenha certeza que será capaz de enfrentar todas as adversidades que estão por vir, alguém que possa encontrar soluções para manter essa engrenagem na qual todos estamos. Vote em quem diz o que pretende fazer, mas principalmente, como pretende fazer. Dizer que vai fazer asfalto, dar empregos, trazer empresas, dar casas, fazer as Olimpíadas em Castilho é fácil, agora, mostrar como irá fazer, e de onde ira tirar dinheiro isso é bem mais difícil.

Para a Câmara de Vereadores, vote em um candidato que prometa fiscalizar as ações do prefeito ou prefeita,  que vai ser favorável a projetos que sejam benéficos ao município e contrario aos que ferem o interesse público,que diga pra você que qualquer projeto que envolva custos a administração pública não pode ser feito por ele, que vai lutar para trazer as sessões da Câmara para a noite, para que você possa ir sempre que desejar participar. Fuja de candidatos que prometem até uma vaga no céu pra quem vota nele, eles estão tentando te enganar. Nem precisa dizer pra fugir dos que te oferecem dinheiro, cerveja, churrasco, etc. Vote em alguém com um histórico de honestidade, pois, mesmo que não seja possível ter plena certeza de que o mesmo não vai se corromper com o poder, é melhor votar em alguém que não seja um corrupto conhecido.  
Então, dia 02 de outubro, vote em.... Você decide, mas por favor, decida bem...

Silvio Coutinho

domingo, 10 de abril de 2016

DEMIS, LULA E O IMPEACHMENT

Voltei. Mentira, tô bem longe de Castilho. Porém, pra variar, o cenário político de nossa cidade continua tão insólito que o silêncio tornou-se insuportável, mesmo à distância. Como de costume, tentarei estabelecer uma relação absurda, mas que, por isso mesmo, faz muito sentido.

A atual crise política é fruto de um jogo bem sujo, porém bastante conhecido por nós. Todo mundo já ouviu falar em caixa 2, compra de votos, presentinho de empresas a políticos como retribuição por seus serviços prestados. Em Castilho, é muito comum conversas do tipo, sobre supostas práticas corruptas: “para se eleger, fulano gastou 100 mil comprando votos” ou “empresa tal investiu em determinados vereadores só pra ganhar a concessão”. Em Brasília, pior ainda. Sempre há acusações desse tipo, mas nunca são comprovadas ou, ao menos, denunciadas, permanecendo obscura a atmosfera política. 

A Lava Jato criou um ambiente de moralidade no país. De supetão, o judiciário (uma das instituições que menos funcionam no Brasil) assumiu o papel do Juízo Final, Sérgio Moro o de messias moral (Moro messias moral). De uma hora para outra, a corrupção passou a escandalizar, como se fosse uma moda criada pelo PT e, especialmente, por Lula. Este, por sinal, foi eleito o Judas da classe média: teria ganho um triplex, teria ganho um sítio com uns pedalinhos.

Não duvido que Lula tenha ganho esses presentinhos e feito coisa errada. Mas, o que me assusta, é que o querem preso não pelo que ele fez de ruim, mas pelo que ele fez de bom. Grande parte dos reacionários que berram em minha timeline têm usado essas acusações do triplex e do sítio pra dar início a uma tempestade de rancor contra as medidas (mínimas, por sinal) de tentativa de equalização social, como “bolsa família”, tudo regado a piadinhas em relação à baixa escolaridade do ex-presidente, a ausência de um dedo nas mãos e, principalmente, sua origem nordestina.

Com Dilma não é diferente. Fala-se das tais pedaladas fiscais como um crime terrível (99% dessas pessoas só conhecem as pedaladas do Robinho) para, em seguida, deflagrarem a misoginia: “essa mulher feia não pode governar nosso país!”. Pra piorar, é uma mulher feia que tem como mentor um nordestino sem dedo.   O rancor é tão grande e o preconceito é tão claro, que o fato de que os líderes do impeachment estejam até o pescoço envolvidos no esquema de corrupção que a Lava Jato investiga (Aécio citado mais de 6 vezes, Eduardo Cunha sendo o único réu com mandato, acusado de ter dinheiro pra comprar 500 mil sítios escondido em contas por aí) não incomoda os defensores da moral nacional.

Resumindo: a luta contra a corrupção é só um pretexto. Lula preso e Dilma impeachada, a Lava Jato some da mídia, vai pra gaveta e voltamos a ser um país lindo, branco e cristão.
Créditos da foto: Moisés Eustáquio

O caso do vereador Demis do “Balcão de Emprego” ou Demis “Cantor” (que era muito melhor que o vereador) é interessante. Demis está longe de ser Lula. Muito longe. Demis é um coitado que, a partir de sua popularidade e da aliança com uma figura bastante contraditória da cidade, conseguiu uma cadeira na câmara.

Conheci o Demis “Cantor”, um rapaz simples, em busca de uma ascensão social, ingênuo em relação ao sistema político, uma espécie de Lazarillo de Tormes castilhense. Quando o “Cantor” passou a ser o do “Balcão de empregos” e, consequentemente, o Vereador, por mais que tenha tido lições com quem o ajudou a se eleger, adentrou ao sistema carregando ainda muito da ingenuidade do “Cantor” em sua busca de ascender socialmente. Traído por seu assessor, revelou uma suposta prática daquelas que se comenta nos botecos e esquinas de Castilho, mas que ninguém consegue provar. Não só revelou que ele teria aderido a esse sistema, como também afirmou que “todo mundo faz isso”, segundo os trechos que tive acesso.

Agora, está sob os olhos da moralidade de seus pares...

Se Demis errou, tem que responder por isso. Se comprovado, dificilmente não perderá o mandato. Perderá o mandato, perderá a dignidade, porém, o “todo mundo faz” permanecerá nas conversas de boteco e nas esquinas da cidade. Demis pagará sozinho por ter sido/ser o “Cantor”.


Samuel Carlos Melo