quarta-feira, 22 de março de 2017

Não é grátis, é pago por nos!

O brasileiro aprendeu a não valorizar tudo que é grátis. Este pensamento pode parecer normal para quem vive em uma sociedade captalista, mas o que é doado pelo Governo, NÃO É GRÁTIS, é pago por nós, contribuintes. A cultura reinante e reforçada nos últimos anos no Brasil,  é a de que o governo-o Estado deve prover tudo, mas ao mesmo tempo, quando recebe sem pagamento, o brasileiro sente-se desobrigado

    Atualmente é tudo para todos. Igualamos no uniforme, na distribuição gratuita e no distanciamento dos pais da escola. Mas se o brasileiro só entende a linguagem do “bolso” e o pai, principalmente ele, se sente participativo e responsável somente quando tem a responsabilidade de prover, a escola ao doar uniforme, comida, material e tudo o mais, não estaria dizendo ao pai: deixa aqui, nós cuidamos de tudo?👀

Qual a importância de se ter ou usar uniforme no momento em que se prega o respeito à diversidade, a necessidade de responsabilização dos pais pela educação de seus filhos e, principalmente, o compromisso do professor com a diversidade cultural e as limitações de cada aluno?
  Nos  Estados Unidos por exemplo, percebemos a diferença entre o sistema escolar americano e o brasileiro. Uma das diferenças mais perceptíveis é a participação dos pais na escola. Lá, a indisciplina dos filhos é responsabilidade dos pais. A segurança física e emocional e a qualidade do ensino é responsabilidade da   escola. A maioria das escolas não adota uniforme e o ensino é individualizado.
Evidentemente se o aluno é tratado como indivíduo e único, a sociedade é meritocrática, a uniformização inexiste. Por outro lado, é preciso pensar: qual a real função do  uniforme escolar na escola brasileira do século XXI?
   Entretanto, a principal pergunta é mesmo saber, efetivamente, até que ponto as peças do vestuário, usadas para igualar as crianças perante o professor, contribuem para a uniformidade, o respeito às diferenças individuais ou atrapalha a aprendizagem do aluno e, porque não, do professor?
É meus caros colegas teremos que regredir?👀
Para saber o caminho do progresso?

sábado, 11 de março de 2017

Aos professores, com carinho: Parabéns pela sua vitória

Fiquei muito feliz ao ser marcado na postagem da minha grande amiga, Lilian Nascimento, presidente do Fundo Social de Solidariedade, explicando que após a reunião com os representantes dos professores da rede pública municipal, onde os mesmos, em sua maioria, expuseram que não eram contra a utilização do material apostilado, mas que não consideravam esse o momento ideal para a aplicação do mesmo, pois existiam outras áreas mais importantes que deveriam receber investimento, a prefeita, Fátima Nascimento, decidiu por não mais adquirir o material apostilado nesse ano e aplicar o dinheiro que seria gasto com o mesmo, para a instalação do tão sonhado ar condicionado nas salas de aula, para garantir maior conforto aos alunos e garantir assim uma melhor qualidade no ensino público municipal, como defendi no texto “Sauna de aula” e educação de qualidade(http://osopositores.blogspot.com.br/2017/02/sauna-de-aula-e-educacao-de-qualidade.html).
Como sempre disse, não sou do tipo que se opõe a tudo, que faz a critica pela critica, e que aplaudiria caso a administração atual acertasse, e neste caso em questão a prefeita acertou.
Como ouvi certa vez, o governo que ouve mais, erra menos, então, nesse caso, ao ouvir a vontade dos professores em relação a não aquisição do material apostilado por hora e a instalação de ar condicionado nas salas de aula, a prefeita deixou de cometer um equivoco.
Isso deve ser sim parabenizado, pois, na ultima gestão, também houve a intenção por parte da administração da utilização de material apostilado, e, após demonstração do material de diversas editoras, analise, debate, os professores escolheram não utilizar tais materiais, e foram prontamente atendidos pela gestão passada. Agora, na atual, além de não gastar com o que por agora seria supérfluo e investir em algo que realmente traga beneficio aos alunos, estando aberta a primeiro fazer o alicerce, as paredes, o telhado, para depois fazer o acabamento.

Não da pra pensar em apostila para a educação infantil quando se tem uma creche sem estrutura para atender os alunos, funcionando no prédio improvisado do antigo Paulo Sérgio. Não da pra defender que a apostila seja mais útil que uma quadra coberta na escola da São Luiz, para os alunos realizarem suas aulas de educação física. Não tem como pensar que o apostilado faria mais pelo ensino que espaços para oficinas de música, artes, esportes, danças, etc. Antes do material, que se diminua o numero de alunos por classe, para que o professor possa trabalhar melhor o conteúdo em sua sala e assim o aluno com dificuldade possa ser melhor assistido.Trabalhar na formação do professor, investir em cursos com profissionais renomados, em universidades bem conceituadas, incentivando o professor a sempre buscar atualização e reciclagem. Tudo isso vem em primeiro lugar!
Utilizar essa verba oriunda do Recurso Salário Educação, referente ao montante recebido no ano ainda no ano passado, para a climatização da sala de aula, em detrimento ao apostilado é o primeiro de muitos passos necessários a melhoria efetiva da qualidade da nossa educação e  que isto não fique só nas promessas, que seja posto em pratica.
Que esse seja então o primeiro passo de uma longa e prazerosa caminhada na busca de uma educação que nos encha o peito de orgulho com um sentimento de vitória.

Silvinho Coutinho