Publiquei há alguns dias a foto
acima, tirada por mim ao trocar o filtro de um purificador de torneira que uso
para filtrar a água utilizada no preparo de alimentos. Ao tirá-lo, pude notar a grande quantidade de
terra que tem vindo junto com a “água nossa de cada dia" e isso deixou-me
intrigado. Afinal, estamos bebendo águas de Castilho, ou “barros de Castilho”?
Sei que pela “pechincha” que
pagamos pelo “excelente” serviço prestado pela empresa Águas de Castilho, não
podemos exigir muito, afinal os pobres coitados investiram pesado (só não se
pode dizer onde) em nosso município, mas pedir que a água esteja ao menos livre
de terra é muito?
Já ouço dedos digitando “cadê
aquele grupo Fora águas de Castilho, do qual aquele que nos escreve fazia parte?”
“Será que ganharam alguma coisa para fechar a boca?”.
A resposta é que o grupo desde
sua criação se reuniu por varias vezes, tentando encontrar soluções, algumas
delas até radicais, porém, sempre com as mesmas caras. Não notamos, em nenhum
momento, a presença dos “corneteiros de plantão” que amam protestar em redes
sociais, no conforto de sua cama, cadeira ou sofá.
Este grupo cobrou diversas vezes
as promessas feitas pelos vereadores eleitos, que ganharam seus cargos
criticando os que estavam na época da vergonhosa prostituição, quer dizer,
privatização, dizendo que se empenhariam ao máximo para corrigir esse erro, mas
que ao entrarem, como é costumeiro, se esqueceram completamente o porquê
estavam ali.
Tal grupo cobrou o executivo
municipal, que também prometeu em campanha solucionar o problema da
privatização, mas o que foi visto em sua administração foi o aumento das taxas do
serviço prestado, inversamente proporcional à qualidade do mesmo, sem qualquer
providencia tomada por parte da Prefeitura Municipal de Castilho (se houve a
população não ficou sabendo).
Enquanto a população ficar bovinamente
aceitando o que ai está, não adianta ter um grupinho de 10 “rapazes latino
americanos, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindos do
interior”. Se a população aceitar pacificamente beber merda e pagar por isso o
que a fornecedora de merda cobra, vai continuar bebendo merda, essa é a lógica
do mercado.
Entes públicos não vão tomar
providência só porque você publicou no “O que eu odeio em Castilho”. Sem
mobilização em massa nada acontecesse, pois o homem, principalmente o que esta
no poder, ou aquele que se beneficia dele, luta noite e dia para manter o "status quo".
Portanto, se quer parar de beber o
“barro de Castilho”, ou o “cloro de Castilho”, deixe de ser um rebelde virtual e
passe a canalizar sua energia em algo mais útil e eficaz. Pare de esperar que
as mudanças que nossa cidade precisam caiam do céu, ou que Deus tenha
Facebook e veja sua reclamação e pense: Ah, me deixe ajudar aqueles
coitadinhos... Deus abriu o mar vermelho, mas ordenou que o povo marchasse para
passar por ele, não os pegou no colo e levou.
Quer mudança, mude primeiro você e depois seja agente de mudança na sua casa, na sua cidade, no seu estado, no
seu país ...
E ai, vai continuar bebendo terra e
tirar selfie com o copo pra postar no Face?