Ontem veio à tona na política castilhense o desabafo de um ex-assessor da atual administração municipal que veio a público denunciar uma verdadeira chantagem feita com ele.
Em nota o ex-assessor diz que foi chamado ao gabinete da atual prefeita e lá foi coagido a cortar relações de amizade com algumas pessoas, entre elas, o vice prefeito. Caso não aceitasse, seria exonerado.
Com muita dignidade o ex-assessor preferiu suas amizades a um cargo onde é chantageado.
Assim, as constantes denuncias de perseguições da atual administração municipal ganha um novo capítulo, este com grande autoridade, pois tem como envolvido uma pessoa que ocupava cargo de confiança e que sempre apoiou a atual prefeita nas campanhas eleitorais, ou seja, fica demonstrado que realmente as perseguições existem.
Esta demonstrado também que existem pessoas brincando com o poder que tem nas mãos em Castilho. Que esta administração tem decepcionado em vários aspectos, isso também já não é mais segredo.
Mas, uma coisa que chama a atenção neste caso é a repetição de uma mesma história em Castilho, qual seja, o papel dos vices prefeitos.
Não é de hoje que o vice é uma figura controversa na política castilhense, na maioria das vezes apenas usado como um fantoche em campanhas eleitorais. Mas, há casos também de vice pivôs de crises que vão à rádio jogar o lixo no ventilador, ou como agora, onde o vice lança desafio à prefeita em rede social.
Os motivos para a discórdia entre vices prefeitos e prefeitos variam, alguns são explícitos, claros para a opinião pública, como no caso do então vice prefeito Pedro Boaventura que se mostrou totalmente contrário ao então prefeito Antonio em várias decisões politicas, como a privatização da água, até romper com o mesmo em definitivo.
Outros se mostraram insatisfeitos com a falta de espaço nos governos em que participaram, mas muitas vezes não se soube ao certo que espaço era este desejado.O que surpreende nesta história toda com a atual administração é que em apenas seis meses Prefeita e Vice já estão em discórdia pública.
Afinal, o que teria acontecido para a atual Prefeita proibir um assessor de ter amizade com o Vice Prefeito?
O que está por trás desta polêmica?
O vice deveria vir a público esclarecer sua nova posição política. Explicar o por quê?
O povo castilhense merece saber. E que seja convincente.
Portanto, a resposta para a pergunta feita no título deste texto é que, em geral, os vices prefeitos sempre foram uma figura secundária na política castilhense, com exceção de alguns raros momentos, ou seja, serviram mais para os propósitos eleitorais dos prefeitos.
Entretanto, em tempos de Michel Temer, os vices ganharam relevância. No facebook já dizem "tchau querida".
Não é o caso de sugerir que a índole do atual vice prefeito castilhense seja como a do atual Presidente, mas apenas considerar as possibilidades, tendo em vista o que aconteceu em Brasília. Se levarmos em conta as atitudes de alguns vereadores, então a frase do facebook não é exagero.
Dóri Edson Lopes
O problema é que vice não tem função em quase nenhum lugar, nem nos Estados Unidos. É só procurar na lei orgânica de Castilho se há alguma função atribuída ao vice. O que precisamos saber são os motivos que levaram ao rompimento. As duas partes, prefeita e vice, deveriam vir a público explicar.
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