O brasileiro aprendeu a não valorizar tudo que é grátis. Este pensamento pode parecer normal para quem vive em uma sociedade captalista, mas o que é doado pelo Governo, NÃO É GRÁTIS, é pago por nós, contribuintes. A cultura reinante e reforçada nos últimos anos no Brasil, é a de que o governo-o Estado deve prover tudo, mas ao mesmo tempo, quando recebe sem pagamento, o brasileiro sente-se desobrigado
Atualmente é tudo para todos. Igualamos no uniforme, na distribuição gratuita e no distanciamento dos pais da escola. Mas se o brasileiro só entende a linguagem do “bolso” e o pai, principalmente ele, se sente participativo e responsável somente quando tem a responsabilidade de prover, a escola ao doar uniforme, comida, material e tudo o mais, não estaria dizendo ao pai: deixa aqui, nós cuidamos de tudo?👀
Qual a importância de se ter ou usar uniforme no momento em que se prega o respeito à diversidade, a necessidade de responsabilização dos pais pela educação de seus filhos e, principalmente, o compromisso do professor com a diversidade cultural e as limitações de cada aluno?
Nos Estados Unidos por exemplo, percebemos a diferença entre o sistema escolar americano e o brasileiro. Uma das diferenças mais perceptíveis é a participação dos pais na escola. Lá, a indisciplina dos filhos é responsabilidade dos pais. A segurança física e emocional e a qualidade do ensino é responsabilidade da escola. A maioria das escolas não adota uniforme e o ensino é individualizado.
Evidentemente se o aluno é tratado como indivíduo e único, a sociedade é meritocrática, a uniformização inexiste. Por outro lado, é preciso pensar: qual a real função do uniforme escolar na escola brasileira do século XXI?
Entretanto, a principal pergunta é mesmo saber, efetivamente, até que ponto as peças do vestuário, usadas para igualar as crianças perante o professor, contribuem para a uniformidade, o respeito às diferenças individuais ou atrapalha a aprendizagem do aluno e, porque não, do professor?
É meus caros colegas teremos que regredir?👀
Para saber o caminho do progresso?
quarta-feira, 22 de março de 2017
sábado, 11 de março de 2017
Aos professores, com carinho: Parabéns pela sua vitória
Fiquei muito feliz ao ser marcado na postagem da
minha grande amiga, Lilian Nascimento, presidente do Fundo Social de
Solidariedade, explicando que após a reunião com os representantes dos
professores da rede pública municipal, onde os mesmos, em sua maioria,
expuseram que não eram contra a utilização do material apostilado, mas que não
consideravam esse o momento ideal para a aplicação do mesmo, pois existiam
outras áreas mais importantes que deveriam receber investimento, a prefeita,
Fátima Nascimento, decidiu por não mais adquirir o material apostilado nesse
ano e aplicar o dinheiro que seria gasto com o mesmo, para a instalação do tão
sonhado ar condicionado nas salas de aula, para garantir maior conforto aos
alunos e garantir assim uma melhor qualidade no ensino público municipal, como
defendi no texto “Sauna de aula” e educação de qualidade(http://osopositores.blogspot.com.br/2017/02/sauna-de-aula-e-educacao-de-qualidade.html).
Como sempre disse, não sou do tipo que se opõe a
tudo, que faz a critica pela critica, e que aplaudiria caso a
administração atual acertasse, e neste caso em questão a prefeita acertou.
Como ouvi certa vez, o governo que ouve mais, erra
menos, então, nesse caso, ao ouvir a vontade dos professores em relação a não
aquisição do material apostilado por hora e a instalação de ar condicionado nas
salas de aula, a prefeita deixou de cometer um equivoco.
Isso deve ser sim parabenizado, pois, na ultima
gestão, também houve a intenção por parte da administração da utilização de
material apostilado, e, após demonstração do material de diversas editoras,
analise, debate, os professores escolheram não utilizar tais materiais, e foram
prontamente atendidos pela gestão passada. Agora, na atual, além de não gastar
com o que por agora seria supérfluo e investir em algo que realmente traga beneficio
aos alunos, estando aberta a primeiro fazer o alicerce, as paredes, o telhado,
para depois fazer o acabamento.
Não da pra pensar em apostila para a educação
infantil quando se tem uma creche sem estrutura para atender os alunos,
funcionando no prédio improvisado do antigo Paulo Sérgio. Não da pra defender
que a apostila seja mais útil que uma quadra coberta na escola da São Luiz,
para os alunos realizarem suas aulas de educação física. Não tem como pensar que o apostilado faria
mais pelo ensino que espaços para oficinas de música, artes, esportes,
danças, etc. Antes do material, que se diminua o numero de alunos por classe, para
que o professor possa trabalhar melhor o conteúdo em sua sala e assim o aluno
com dificuldade possa ser melhor assistido.Trabalhar na formação do professor, investir em cursos com profissionais
renomados, em universidades bem conceituadas, incentivando o professor a sempre buscar
atualização e reciclagem. Tudo isso vem em primeiro lugar!
Utilizar essa verba oriunda do Recurso Salário
Educação, referente ao montante recebido no ano ainda no ano passado, para a climatização da sala de aula, em detrimento ao
apostilado é o primeiro de muitos passos necessários a melhoria efetiva da
qualidade da nossa educação e que isto
não fique só nas promessas, que seja posto em pratica.
Que esse seja então o primeiro passo de uma longa e
prazerosa caminhada na busca de uma educação que nos encha o peito de orgulho
com um sentimento de vitória.Silvinho Coutinho
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