Pensei, pensei e ainda estou aqui
pensando sobre o que escrever. Vou refletindo sobre algo enquanto digito. Na
minha cabeça muitos flashes de
notícias, pequenas observações, alguns conceitos e umas opiniões ainda sem
forma definida, sem uma modelagem interessante e relevante para os debates que
o blog propõe.
Muito do que me vem à mente está
ligado à violência. É uma mulher queimada viva por não ter mais que R$ 30,00
reais na conta, bolsa-crack, professor mendigando um salário justo prum
trabalho, hoje, injusto, menor a dois dias da maioridade que pipoca outro jovem
por causa de um celular, estupros de crianças, pastores pilantras enganando gente
humilde, rede de televisão transformando o errado em certo, e mais uma
infinidade de fatos desprezíveis.
E tem o funk, Legislativo,
Executivo, Judiciário, causa gay e causa hétero, causa negra e causa branca,
causa rica e causa pobre, causa evangélica e causa atéia. Existe "causa humana"? Muita polêmica,
várias opiniões, diversos pontos de vista. E eu no meio, olhando tudo.
Bestificado. Animalizado!
Ao mesmo tempo em que estou
embevecido em toda essa empatia pelas causas alheias, tenho minhas próprias
preocupações. É a casa por terminar, é a cobiça dos sonhos que tem que se
adequar à profundidade do bolso, são os estudos pós-acadêmicos pra fazer valer
financeiramente cada minuto do período acadêmico, é a difícil escolha acerca de
ter ou não filhos. Quanta coisa!
Este texto descambou desde o “pensei” inicial, já na primeira linha. Mas é o que temos pra hoje no menu. Como disse dias atrás, não lembro se neste blog ou no meu, estou meio
relax, muito resignado. É tanta coisa ruim que tenho visto prevalecer, tanto
atropelo com as coisas corretas, que estou perdendo aos poucos aquela rebeldia
pueril, aquela petulância da juventude. Dizem que o passar do tempo deixa a
gente assim, apático e conformado. Bovino! Ao menos uma satisfação: ter
terminado essas vinte e poucas linhas. Samuel, passo a bola pra você!
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Márcio Antoniasi
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