sábado, 19 de janeiro de 2013

AMORES TÓXICOS



Estava eu zumbizando pela internet quando me deparo com uma matéria sobre relações destrutivas e que tinha como exemplo a relação da cantora Rihanna e rapper Cris Brown, um casal que dá mais notícia por se travarem na porrada e depois reatarem do que pela música que fazem.  A matéria, assinada por Giovanny Gerolla, traz comentários de especialistas que afirmam que esse tipo de relacionamento é uma espécie estratégia criada para compensar a sensação de abandono, em que o indivíduo se torna dominador e tenta obrigar o outro a ficar mais próximo e dependente que puder, ou, por outro lado, o indivíduo busca esse tipo de parceiro dominador para contornar a sua carência. Enfim, não vou dissertar mais sobre isso, talvez outro dia. Mas, ao ler essa matéria, lembrei-me de um conto que escrevi há 3 anos e publiquei em meu blog pessoal. Não lembro, especificamente, o episódio que me motivou a escrever, mas sei que estava relacionado a um caso de amor tóxico como esse de Rihanna e Brown. Deixo, então, esse conto para embalar o sábado de alguém que viva ou está prestes a viver um amor assim, violento e destrutivo: 


Amarelo. No fundo do barraco, sentada no chão de terra, ela brincava, contrariada, com uma boneca defeituosa. “Mamãe, caiu uma perna dela, compra outra pra mim?”. “Não tenho dinheiro”. Onde já se viu uma princesa sem uma perna? Como caminharia majestosamente por um lindo castelo encantado?
Vermelho. A Boneca estava perfeita. Príncipes não lhe faltaram. Apenas castelos, jóias e encanto. Fácil se compensaria. “Você só tem 14 anos! Como será sua vida agora?”. “O inquérito que apura as causas do acidente com o Mercedes-Benz S 280 que se espatifou a quase 200 quilômetros por hora no pilar de um túnel paralelo ao Rio Sena em Paris, matando a princesa Diana, o namorado e o motorista, chegava a 350 páginas no final da semana passada”.
Branco. “De acordo com a Polícia Militar, a criança foi encontrada boiando por um rapaz de 22 anos. Ele tirou a menina da água, enrolou-a em um cobertor e a levou para um hospital da região”. Sorridente, a criança olhava para o céu.

Meu blog: litteraletras.zip.net


Matéria que li: 
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/01/18/rihanna-nao-consegue-se-desligar-de-uma-relacao-destrutiva-entenda.htm

Samuel Carlos Melo

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