Desde
o início do ano e a posse dos novos (em sua maioria) e de alguns velhos
vereadores existe em Castilho a reivindicação de setores de movimentos
populares para que as sessões da Câmara Municipal fossem transferidas para o
horário noturno.
De todos os municípios da região de
Andradina, somente Castilho se dá o luxo de ter o horário de trabalho dos
vereadores nas segundas-feiras de manhã, e não à noite como todos os outros. É
de fato um ‘luxo’ para um município de 18 mil habitantes realizar suas sessões
legislativas em horário onde a grande maioria das pessoas está trabalhando,
restando a poucos a disponibilidade de assistir e acompanhar o que é dito e
proposto por vereadores.
Tradicionalmente,
estas sessões sempre foram em horário noturno, mas a partir da década passada
houve a mudança para as manhãs de segundas-feiras.
Dizem
que o argumento mais usado por quem aprovou e por quem ainda defende a
manutenção das sessões da Câmara durante o dia é que no horário noturno as
pessoas não compareciam, preferiam as novelas, o que é um argumento
absurdo.
Ainda
que isto fosse mesmo o caso, das pessoas preferirem assistir TV às sessões da
Câmara de Vereadores, isto não justificaria tal mudança de horário, pois,
entende-se que é direito de todo cidadão não querer acompanhar as sessões e que
a mesma deva ser realizada em horário que melhor possibilite a participação da
maioria.
Uma
coisa é não querer e outra é não poder acompanhar o que acontece no legislativo
castilhense. Da forma como está a maioria simplesmente não pode fiscalizar os
trabalhos da Câmara, pois nas segundas-feiras de manhã é horário de trabalho.
Pior
é o argumento que para este problema tem a Rádio Comunitária que transmite as
sessões - que por sinal deveria transmitir de graça, sem nada cobrar, tendo em
vista ser uma Rádio Comunitária. Ou seja, a população pode saber o que acontece
no plenário da Câmara ouvindo rádio, mas é bom que ouça e fique a distância.
Ora,
a privatização da água foi transmitida pela Rádio local, muitos podem ter ouvido
o que aconteceu naquele dia (se é que transmitiram mesmo aquela fatídica
sessão), mas como iriam intervir do local de trabalho?
Pelo
rádio não existe pressão popular. Esta se faz no corpo-a-corpo, ali no local e
na hora. Tudo leva a crer que esse é o problema: ‘pressão popular’, medo de que
ela aumente.
O
momento político em Castilho e no Brasil mudou bastante. Aliás, já vinha
mudando. A privatização da água teve o efeito de multiplicar a participação
popular e o interesse das pessoas pela política em
Castilho. O que se viu nos meses seguintes à entrega da água é
um exemplo disso. O plenário da Câmara sempre cheio, mas com participação quase
que restrita a aposentados, desempregados ou trabalhadores que trabalham em
regime de plantão.
Ainda
se percebe o clima quente. Se está sendo assim de manhã, como seria à noite?
Dóri Edson Lopes
Realmente as sessões noturnas facilitariam a presença de quem trabalha de dia, gosta e quer acompanhar de perto o trabalho de nossos nobres Edis. Só que aí a cobrança também seria maior heim, será mesmo por isso que nossas sessões são nas manhãs de segunda?
ResponderExcluirBora organizar uma manifestação!!
ResponderExcluir