Semana passada o Blog
foi vítima de um pequeno “descuido” do jornal O Liberal. Após ler o excelente artigo “Pobre cidade rica”,
do Silvinho Coutinho, publicado em nosso Blog no dia 7 deste mês, um dos
correspondentes do jornal condensou as informações do artigo, com pouquíssimas
alterações, e enviou para a edição, que as publicou sem os devidos créditos.
Ficamos um tanto chateados, afinal, Silvinho desperdiçou um tempo considerável,
deixando de se dedicar em sua produção de pirulitos de chocolate para calcular
e analisar o IDHM de Castilho e região. Mas, tudo passa... Conversamos com o
editor e ele nos pediu desculpa, disse que foi enganado e que se retrataria na
edição de sábado. Segundo o opositor Dóri, eles escreveram uma nota sobre nós e
o texto do Silvio, quase em rodapé. Eu até transcreveria aqui se Dóri não tivesse
rasgado o jornal e forrado o chão para por comida para os seus gatos...
Apesar dessa inocente “reprodução
sem créditos”, hoje, contraditoriamente, quero destacar a única ideia original
do “resumo” feito pelo Liberal. Dentre as muitas informações do texto do
Silvio, há um pequeno detalhe sobre o preocupante IDHM de Castilho: “No maior
período avaliado, o prefeito era exatamente o atual, Joni Buzachero”. Sei que pode parecer perseguição, mas é fato.
No período avaliado, de
2000 a 2010, Castilho esteve 8 anos sob a batuta de Joni. A cidade ficou
colorida, com muitos prédios novos e vistosos. Diante disso, muitas pessoas
chegaram a considerá-lo o maior prefeito da história castilhense, pessoas de
outras cidades, inclusive. Pode até ser, dependendo dos parâmetros e patamares
da cidade... Mas, os números não mentem. O desenvolvimento humano, o que mais
importa em uma sociedade, foi pífio. A tabela feita por Silvio, comparando os
índices e arrecadações de cidades de nossa região que estão em nossa frente, é
cruel, porém verdadeira.
Tabela construída com base nos dados do Portal da Transparência |
Estando ciente desse
pequeno detalhe de nós, é impossível não se sentir desconfortável ao ouvir e
ler pessoas tratarem Joni como uma espécie de Sassá Mutema do noroeste paulista,
pela declarada política de contenção de gastos que visa a saúde econômica do
município para o momento da redução dos royalties de Jupiá, ainda mais se refletirmos
que dos cerca de 20 anos recebendo a grana da Usina, o nosso Dom Sebastião esteve
com o controle dos recursos por quase a metade do tempo. Pequenos detalhes,
grandes questões...
Enfim, não desejo que
Joni abra os cofres de forma irresponsável, como já fizeram certas
administrações passadas, muito pelo contrário. Entretanto, façamos tudo sem
hipocrisia, com uma visão lúcida e crítica, cientes que todos nós somos um
pouco responsáveis (alguns mais do que os outros) pelo desenvolvimento humano
preocupante apontado pelos índices. Estejamos atentos a todos os detalhes,
principalmente aos pequenos, para que não sejamos iludidos por números e
manchetes alienantes como esta:
Samuel Carlos Melo
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