terça-feira, 6 de novembro de 2012

Entre idólatras e monoteístas




Segundo minha amiga, por publicar essa foto em meu perfil, o meu destino, assim como o dos feiticeiros e homicidas, será a danação eterna.
Na última semana, as redes sociais foram arrebatadas por eventos específicos envolvendo polêmicas religiosas, a falsa laicidade do estado brasileiro e manifestações intolerantes de modo geral. Sobre o primeiro aspecto, cito as enquetes envolvendo a nomeação da nova novela de Glória Perez, segundo alguns religiosos, referência mais que óbvia da ligação demoníaca que a escritora possui com o além. Para pensar o segundo, estou me referindo à expulsão do funcionário público que, presente à câmara de vereadores de Piracicaba, foi retirado à força do recinto público diante da negativa de ouvir a leitura da bíblia em pé. O terceiro evento é algo mais pessoal, aconteceu comigo: ao postar em meu perfil do Facebook uma foto antiga, na qual eu registrava algumas adeptas do Candomblé girando em reverência à Oxum, o orixá saudado naquela noite, presenciei a maior polêmica enfrentada ao longo de pouco mais de três anos utilizando esse meio de interação.
Uma amiga recém-adicionada respondeu imediatamente à postagem. Para seguir o tom despojado das publicações desse blogue, reproduzo as respostas, retiradas, provavelmente, da bíblia pessoal da interlocutora. Primeira citação: “Não vos virareis para os advinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR vosso Deus”. Levítico 19:31; segunda: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comente mentira”. Apocalipse 22:15. Obviamente, estou confiando na amizade antiga e não perdi mais tempo conferindo as passagens bíblicas na própria bíblia. Mentira: eu, ainda, não tenho uma bíblia em casa e preciso fazer algo a respeito urgentemente.
Voltando a essa “polêmica”, confesso que a intenção de discutir e combater uma onda de intolerância religiosa que afetava a minha rede de amizades foi revolvida, de imediato. Provavelmente, o meu estado de choque não se agravou com a reação violenta, ameaçadora e “divina” porque eu já estava com os ânimos controlados pela losartana matutina.
Mesmo equilibrado, não pude ficar sem responder. Afinal de contas, as citações são intolerantes com relação à diversidade religiosa que o Brasil apresenta. Elas desconsideram, que, em outros contextos, esse “senhor” pode nem ser considerado. Em menos de um segundo, fui comparado a um homicida por conta de uma foto que eu considero ingênua e de bom agouro.
Outro aspecto que fiz questão de reforçar com a minha amiga é que tais citações, provavelmente, foram retiradas de uma bíblia de fundamentação judaico-cristã. Aqui, no Brasil, é muito comum ouvir de religiosos que o diferencial de suas religiões e o que os tornam “escolhidos” é o fato da crença deles ser monoteísta, em detrimento das crenças politeístas (que são, com certeza, “coisas do diabo”).
Mas a minha amiga e muitos de seus “irmãos” não devem saber uma coisa básica. Pensando nas religiões monoteístas, inclinação que inclui as passagens, poderíamos citar várias outras, a saber: islamismo, bramanismo e xintoísmo, para ficarmos apenas em três denominações e não cansarmos o leitor. Todas essas religiões professam a existência de um Deus único.
Bem, e se começássemos a pensar nas religiões politeístas? É mais do que claro que esse universo divinal seria ampliando de forma infinita. Ainda na resposta, esbocei um alerta a minha amiga de que é preciso considerar que sua religião não é única, mesmo se ela for monoteísta. Tratar como sinônimos os termos “único” e “monoteísmo”, é dá mostras de uma profunda ignorância sobre a própria religião. E, vocês hão de concordar,  é muito chato quando os nossos amigos dizem bobagens por aí.

Luciano de Jesus Gonçalves
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, por ora, projeto de agnóstico.


22 comentários:

  1. Muito bom. Sou católico e também ja presenciei várias atitudes parecidas, e sempre vêm de cristãos.
    E o simples fato de acontecer coisas do tipo, mostra o quão desinformados com o que diz nossa própria religião nós somos. Pois tenho certeza absoluta que o que é pregado também pelos católicos qnto pelos protestantes, é o RESPEITO e amor para com todo irmão.
    O problema é que muita gente trata desses temas como se fosse futebol. É ateu zuando Jesus, é cristão querendo q o ateu queime nas profundezas ñ sei de onde, é protestando ostilizando santos, é católico xingando protestante, e desrespeito total com qualquer outra religião que ñ tenha Cristo como pilar...

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  2. Gostei do texto.
    A religião deve ensinar a respeitar o próximo.

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  3. É lamentável que ainda, numa sociedade dita moderna, tanta gente não saiba respeitar o direito do outro: ser diferente, pensar e gostar de coisas diferentes. Sou cristã, criada em uma igreja tradicional - segundo o IBGE pentecostal, apesar de eu discordar - e nunca tive problemas em conviver com pessoas dos mais diferentes credos ou "agnos". As pessoas "de igreja" precisam entender que o "amar o próximo como a ti mesmo" deve ser mais que um clichê e sim uma filosofia de vida, que inclui respeitar a opinião alheia. E respeitar o diferente não constitui pecado e nem desvirtualização da minha fé.

    POr pensar assim, tenho um amigo que me chama de "crente ateia". Mas prefiro assim, pois acima de qualquer credo ou filosofia está o SER HUMANO.

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  4. Eu, assim como muitos por aí afora, tenho amigos das mais diversas designações religiosas. Tenho, mais próximo a mim, amigos que, se fôssemos separar pelo credo que cada um tem, seria impossível ter a conectividade afetiva que possuímos. Acredito que a palavra mais apropriada para sermos, ainda, amigos é o RESPEITO que temos uns para com os outros. Respeitando-nos, apreendemos o que de melhor queremos de cada um, e assim vamos nos fazendo e refazendo a cada dia. Só para finalizar, coloco aqui uma experiência que aconteceu recentemente comigo: Eu estava vindo de Itabatã/BA para Teixeira de Freitas/BA de carona com um senhor, ao passarmos em frente ao Templo do Vale do Amanhecer ( que diga-se de passagem, é a religião ao qual faço parte do momento), ele disse que é uma heresia aquilo lá. Que reencarnação não existe e que esses "espíritas" ficam se dizendo "cristãos", sendo que Cristo NUNCA permitiu isso. Tentei argumentar sobre o que quer dizer a palavra CRISTÃO, mas fui cortada antes mesmo de concluir meu raciocínio, e apenas fiquei em silêncio meditando sobre tudo o que ele "despejava" em meus ouvidos. Cheguei a conclusão de que REALMENTE não vale a pena discutir sobre certos assuntos com pessoas que não tem uma mente aberta para o que ver, ouve ou fala.

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  5. “O intolerado” tem pagado sua divida com uma moeda semelhante à moeda da incomplacência.
    Uma intolerância só é permitida se for politicamente correta. Haveria uma contradição nessa afirmação? Veremos!
    O termo cristão tem sido usado frequentemente por alguns para subjulgar os atos de quem se autodenomina cristão. Assim, através de uma visão simplificada do termo cristão (que não é o mesmo que cristianismo), nivela por baixo tais religiosos.
    Sabemos que a intolerância não é exclusividade do cristianismo, mas... Somo intolerantes com tudo que seja ou pense diferente (quem viveu a ultima eleição municipal sabe bem disso). Bom, a história atesta “cristão” matando cristão, “judeu” matando cristão, “cristãos” matando “bruxas”, “mulçumano” e outros religiosos matando em nome de sua fé, ateus matando por falta dela e...
    Se os “cristãos” conhecessem o livro de fundamentação judaico-cristã chamado Bíblia, não cometeriam atos de intolerância. Será?! Não! Somos falhos, entretanto eu garanto que a proporção seria muito menor.
    Eu gostaria de saber se seria intolerante e desrespeitoso de minha parte oferecer a outro aquilo que tenho certeza, que é a melhor escolha que fiz consciente? É claro que sem usar algum tipo de apelação. Não estou falando de religião e mesmo não sendo politicamente correto digo... Estou falando de Cristo, sim, Ele mesmo!
    Só pra constar:
    Cristianismo é o nome que foi atribuído ao conjunto de práticas de fé dos cristãos (conceito antropológico, aceito e entendido pelo senso comum).
    Igreja, não é somente o templo cristão. Pois o conceito, segundo as Escrituras, dentro dos cristãos, tal palavra tem mais de um significado.
    1) A Noiva do Senhor - Composta pelas pessoas que professam a fé em Cristo Jesus como Senhor, único e suficiente Salvador;
    2) Congregação dos crentes em Cristo, Templo Cristão (aí vide o Aurélio).
    Fora da igreja (templos) há salvação?
    Sim. Vide o ladrão que estava na cruz.
    Fora do cristianismo, há salvação?
    Sim. Vide o mesmo caso!

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  6. Ayrex,
    A história não registra matança em nome do ateísmo.
    Abraços.
    Belon

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    1. A HISTÓRIA NÃO REGISTRA MATANÇA EM NOME DO ATEÍSMO.

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    2. Se me permitem: recomendo a leitura de todos os textos de Samuel Rawet. Leiam e depois discutam com o Luciano aí de cima: ele sabe dessas coisas; desse autor.
      Belon

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  7. Alfred Kinsey, Napoleão Bonaparte, Than Shwe, Kim Jong-II, .Jeffrey Dahmer, Jim Jones, Benito Mussolini, Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Joseph Stalin.

    Alguns nomes dentre os quais possivelmente são ateus. Mataram, mas eu não disse que foi em nome do ateísmo.

    Abraços!

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    1. Ayrex, você precisa pesquisar mais e melhor, Kinsey jamais matou alguém e nunca se disse ateu publicamente. Ele era um grande estudioso da sexualidade humana e foi humilhado. Por conta de seus trabalhos, falaram muitas calúnias pessoais a ele em uma época repressora nos EUA. Estude um pouco mais e vai perceber que sua fé sufoca até sua cognição.

      Att,

      Eder

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    2. O que a palavra possivelmente significa pra você? Realmente preciso pesquisar mais sobre alguns desses citados, por isso.... Possivelmente! Abraço

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    3. Talvez não o tenham feito de forma direta, mas, indiretamente, certamente o fizeram. Digo isso porque, se o ato de matar é resultado da convicção do indivíduo, pode-se inferir que o seu ato assassino decorre da totalidade de sua convicção - dentre elas a não crença em Deus. Isso, em absoluto, quer dizer que eu apóe a matança expressamente em nome da fé. Ambas devem ser repudiadas.

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  8. O fanatismo religioso pode ser o inverso também. Como discuti com o caro "Samu"...
    A tendência da intolerância tem seus dias contados, a sociedade está mudando, vai por mim...Mas ainda demora! rs

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  9. Acho que se confundem situações distintas. Tolerância é uma coisa, concordância é outra totalmente diferente. Pode-se tolerar uma situação e, mesmo assim, não se concordar com ela. A laicidade do Estado brasileiro não retira de nós o direito de expor nossa concordância ou discordância sobre determinado fato. Eu posso conviver com ateus, cristãos, budistas, judeus, etc, aceitar que eles pensem ou ajam diferente de mim e, ao mesmo tempo, discordar de suas práticas e idéia. E qual o problema disso? Intolerância? Ah, convenhamos... Enquanto a questão estiver circunscrita ao campo das idéias, sem desembocar para a violência, seja ela física ou moral, não vejo o porquê dessa celeuma. É puro efeito da vida em sociedade ... Agora, quanto ao texto, falar de laicidade e esquecer-se do direito à liberdade de expressão, é pura falácia.

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    1. Caro David, incrível, você inicia com argumentos importantes e necessários sobre tolerância e intolerância (argumentos expressos no texto de Luciano) e termina com intolerâncias. Não reconhecer que há violência em dizer que o outro vai para o inferno por acreditar em uma crença diferente da sua e, também, dizer que outro está pecando por postar uma foto que representa uma determinada crença, é mais que violento, é humilhante. A liberdade de expressão não permite ninguém humilhar e desrespeitar determinadas crenças. Classificar como falácia um texto que expressa indignações contra fanáticos morais e religiosos que praticam atos de violência, neste caso através de palavras, é ser mais violento ainda, é ser hipócrita.

      Att,

      Eder

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    2. Caro Eder, ser hipócrita, dentre muitos significados, é ser falso, fingido; não fui nem um, nem outro: não fingi meu pensamento. Continuo achando que falar de laicidade, sem respeito ao direito de liberdade de expressão é, sim, falácia, porque trata de apenas um lado da questão. O autor do texto, como ele mesmo se define, é um projeto de agnóstico, ou seja, é o projeto de alguém que não acredita em Deus, apesar de não negá-lo. Logo, tenho pra mim que, para alguém que não acredita em Deus, ouvir que postar uma foto é pecado, ou que, se fazer isso ou deixar de fazer aquilo o levará ao inferno não pode ser considerado violência, simplesmente porque ele não acredita na suposta punição. Se o ato de discordar, ainda que de forma veemente, for considerado violência, estar-se-á irremediavelmente aniquiliado o direito de se expressar (estou no contexto do texto, não generalizando). Do contrário, eu poderia alegar que vc foi igualmente violento, já que, ao discordar da minha opinião, chamou-me de violento e hipócrita, mesmo sem me conhecer. Repito que há confusão quanto aos atos de tolerar e concordar. Hipocrisia, penso, é imaginar-se imune a críticas num país religiosamente diverso como o nosso. Talvez essa seja a verdadeira violência.

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    3. Caro DaVid, pelo seu raciocínio, se eu, por exemplo, estiver diante de um juiz ateu, poderei mandá-lo para o inferno de boa, né? Afinal, se ele não crê, não pode considerar isso como desacato, correto?

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    4. Caro David, você está considerando apenas uma das duas acepções de hipocrisia apresentada (digo com base no Aulete Caldas). Eu me refiro à segunda: "Ação ou resultado de dissimular, falsear a verdade, as intenções, os sentimentos". Entre ser falso e dissimular com argumentos pretensamente lógicos há muita diferença. Raciocínio igualmente utilizado na resposta acima. Não fui violente contigo, só mostrei como algo que você considerou "normal" não o é. Ser ateu ou agnóstico não significar estar imune às violências cotidianamente feitas por religiosos ao homossexual, à profissional do sexo, às religiões marginalizadas,à pessoa que aborta ou pretende abortar, entre outras coisas. Não considero a religião judaico-cristã ruim para os seus, só gostaria que parassem de julgar quem não quer ter o mesmo estilo de vida que o pregado em uma determinada bíblia. Sua liberdade de expressão não deve ignorar os sentimentos e as ações contrárias do outro que nunca feriram ninguém.

      Eder

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    5. Caro Eder, a acepção de hipocrisia apresentada por você - "Ação ou resultado de dissimular, falsear a verdade, as intenções, os sentimentos"- não pode, a meu ver, rotular meu comentário. Onde houve a dissimulação? O que eu dissimulei, se fui claro? Falseei a verdade? Que verdade, a sua? Falseei intenções? Quais, se disse claramente ser contra falar de laicidade sem tratar da liberdade de expressão (em síntese, foi essa a minha intenção, e não a falseei)? Falseei sentimentos? Quais, se entendo que (digo isso ano exercício do meu direito de valor situações e fatos) o texto em debate não apresenta, a meu ver, situação que possa ser tachada de humilhação. Meu comentário não se valeu de uma pretensa lógica, como você supõe. A minha lógica, se prestou bem atenção, é a de que não se pode falar de laicidade esquecendo-se do direito à liberdade de expressão. Não é lógica pretensa, mas, sim, a que entendo correta, a despeito da sua discordância. Sobre violência, você afirmou que "Classificar como falácia um texto que expressa indignações contra fanáticos morais e religiosos que praticam atos de violência, neste caso através de palavras, é ser mais violento ainda, é ser hipócrita" Logo, se classifiquei o texto acima como falácia, por falar de laicidade sem tratar de liberdade de expressão, na sua ótica, eu seria violento, hipócrita ... A menos que isso também seja uma pretensa lógica ... Por sua vez, ao contrário do que você supõe, não defendo que minha liberdade de expressão ignore sentimentos ou ações contrárias de outrem. Eu só acho que o ato de dizer a um ateu ou agnóstico (ou projeto, se o caso) que determinada conduta acarretará uma punição vindoura não pode ser considerado humilhação se o meu interlocutor sequer acredita em Deus, Diabo, inferno e tudo o mais ... O que precisa parar, na verdade, é essa falsa idéia de que o juízo de valor dos cristãos, por se fundar na Bíblia, seja preconceituoso, humilhante, e o dos demais seja o mais verdadeiro, o mais lógico, o mais crível ...

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    6. Caro Anônimo, sobre sua pergunta, a meu ver, mandar um juíz "para o inferno" poderia até ser considerado desacato, contudo certamente o autor do fato seria absolvido nos tribunais superiores. Por sua vez, dizer a um juiz, com base na sua fé, que a conduta dele, o levará ao inferno (no sentido de punição vindoura)não o seria.

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  10. BOM DIA

    ACREDITO QUE DEUS É MAIOR QUE QUALQUER DENOMINAÇÃO DE IGREJA, E DEUS É AMOR ÁGAPE, AMOR INCONDICIONAL, DESSA FORMA AMAM TODOS, SOU CRISTÃ, AFASTADA, MAS CRISTÃ, E ACREDITO NO QUE APRENDI DURANTE MINHA TREJETORIA DENTRO DA IGREJA, VOCE NÃO PRECISA IMPOR A SUA FÉ, MAS PODE NATURALMENTE DEFENDER AQUILO QUE ACREDITA, MASSEMPRE RESPEITANDO A FÉ DO OUTRO...

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