sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Parágrafo e letra maiúscula...




     Sexta-feira, em pleno dia oficial de se perder a consciência, os caras querem que eu faça um texto. E falar sobre o quê? Hoje eu não tenho nada a que me opor, eu quero é ir na onda, acompanhar o bloco. Decidi falar sobre o nada. Isso, essa matéria escassa, interminável chamada coisa nenhuma. Que me resta? Nada. E não reclamem: fui escritor assíduo na primeira semana. Dois textos. Agora colho os louros da fama. Qualé? Vai dizer que não curtiu o texto do Leonard(o)? Eu curti, curti pra caramba. Curti porque ali me senti um blogueiro de verdade. Sabe, o assunto veio quicando: o Samuel me avisou sobre o resultado do moleque e eu decidi escrever. A bola nem era pra mim, mas eu chutei. Belo gol. O texto é segundo colocado no blog, com 369 visualizações. Em primeiro, ainda inalcancável, o Retorno do Faraó Castilhense, do Samuel; e em terceiro o promissor Entre idólatras e monoteístas, do parça Luciano. Mas qualé!, um mexeu com Jeová e o outro com Ramsés II... pô, com divindades não dá pra competir. Declaro-me como o escritor do maior texto laico desse blog.
      Escrever é algo estranho. Quando se sabe que o seu texto será realmente lido então... Tenho tentado nos últimos dias. Escrevi um texto sobre a cotas, saiu ruim. Fiz um sobre os pedágios. Insosso. Sobre drogas, superficial. Escrevi até sobre um mala religioso, mas, depois do Luciano, ia parecer pentecostalis.. digo, sensacionalismo demais. Os manos já estão frenéticos, deixa esfriar os ânimos. Acho que esse blog me trava. Culpa do nome, né, Márcio Antoniasi. É nada. O nome é bom. Culpa da qualidade dos textos, sempre pertinentes. E eu aqui, sem nada a dizer, pensando numa mensagem que recebi: Você eh besta.
    Descobri que temos um leitor malaio. É, alguém lá da Malásia viu nosso blog. E aí, amigo, o que tá pegando por aí? Hablas mí lengua?Aqui tá tudo bem. Só a polícia e uma facção criminosa que andam guerreando pelas ruas de Buenos Aires, culpa do governo republicano que há décadas governa nosso estado do Texas. Vai passar. Rússia, França e Argentina já deram suas bizoiadas no blog. Na Alemanha e nos EUA parecem haver pessoas realmente interessadas em como anda nossa aldeia. Exilados de Casticity? Quem sabe... Sei que vou acabando esse texto por aqui, antes que desista dele também. Vou publicar, senão são os caras que desistem de mim. Eis então aqui a única coisa que fez sentido nessas mal traçadas linhas: o ponto final.


                                                                                                                                      Juliano Cardoso

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