Momento em que raio atingiu a Basílica de São Pedro. (Foto: Filippo Monteforte / AFP) (De http://br.noticias.yahoo.com)
Ano
passado, alguns dias antes do famigerado Apocalipse Maia, eu assistia uma
série, num canal pago qualquer, um programa sobre alguns profetas do
Apocalipse. Dentre os profetas abordados, um me chamou a atenção: São Malaquias
e sua profecia sobre os 112 papas que liderariam a Igreja até o Apocalipse. São
Malaquias profetizou o papado de 112 homens, dando a cada Papa respectivo um
predicado que explicaria o seu papado. Os especialistas estabeleceram essa
cronologia, apontando que João Paulo II seria o 110° Papa, o Papa De
Labore Solis - Do Trabalho do Sol.
Bento XI seria então o De Gloria
Olivae - Da Glória da Oliveira.
Ou seja, o próximo Papa que assumir será, segundo São Malaquias, Petrus Romanus - Pedro Romano.
Sobre ele, São Malaquias disse:
então Na perseguição final à sagrada Igreja Romana reinará Pedro Romano,
que alimentará o seu rebanho entre muitas turbulências,
sendo que então, a cidade das sete colinas (Roma) será destruída
e o formidável juíz julgará o seu povo.
Fim.
Quando vi essa profecia, pensei: tomara
que Bento XVI fique por muito tempo e adie um pouco mais o Apocalipse. Mas,
para o nosso azar, eis que o sumo sacerdote anunciou a sua renúncia para o dia
28 de fevereiro. Hum... isso está me cheirando mal.
Contudo, deixando o misticismo de lado,
acho que São Malaquias talvez estivesse mesmo certo. O apocalipse virá no 112°
Papa. Mas não o Apocalipse bíblico. O Apocalipse da Igreja Católica. Acho que
ela não sobreviverá ao próximo Papa, mesmo com o seus 2 bilhões de adeptos.
Uma explicação melhor escrita sobre os
desafios da Igreja Católica pode ser lido aqui: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1229541-analise-alemao-e-brilhante-como-teologo-mas-fracassou-como-papa.shtml
Eu não pretendo me aprofundar tanto. Só posso dizer que a guerra entre Igreja
Católica vs Igreja Protestante não dá muitas perspectivas de sucesso para o Vaticano.
Isso porque a Igreja Protestante, com seu cristianismo business, sabe se
adaptar a seus contextos. Há Igreja Evangélica de todo tipo e pra todo tipo de
pessoa.
A Igreja Católica, por outro lado,
continua, pelo menos em seus altos cargos hierárquicos, extremamente
conservador. E quando tenta mudar um pouco isso, como foi com a Teologia da
Libertação, são logo podados por conservadores como João Paulo II e o próprio
Bento XVI.
É isso. Continuar a definhar ou se
restabelecer usando aquela palavra que essa velharada de saia parece tanto
odiar: modernidade. Eis a questão. Se outro conservador assumir, pode ser
realmente o início do fim. Não do mundo, mas do catolicismo, pelo menos do
jeito que conhecemos.
A pergunta que a Igreja Católica (e
talvez o próprio cristianismo padrão) terá que responder em algum momento será:
Afinal, a Igreja durou tanto tempo assim por estar fundamentada em
ensinamentos realmente perenes ou foi pura e simplesmente por ter se aliado ao
poder?
P.S.: Como podem ver, um raio atingiu a Basílica de São Pedro exatamente no dia da renúnica. Tô falando, isso não tá me cheirando bem..rsrs
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