Nessas últimas semanas
estamos vendo cenas de uma novela, onde o governo estadunidense está numa
dúvida cruel: atacar ou não a Síria.
Barak Obama, atual
presidente dos EUA, é um governante que está buscando apoio do congresso para
começar mais um massacre, mais um para a coleção de “trunfos” diante de países
que tem ligações com o “terrorismo”.
O governo estadunidense
tem declarado guerra a todo povo Islâmico. Tem perseguido todo aquele que crê
nos ensinamentos de Maomé, e com essas atitudes tem demonstrado que são contra
a liberdade religiosa.
Bashar al-Assad está
como líder de estado na Síria e tem dado continuidade ao governo anterior. Tem
em suas mãos um país que está na mira de grandes investimentos, um deles, ou o
maior deles, é um gasoduto que seria de
US$ 10 bilhões, de 6.000 quilômetros está definido para iniciar no campo de gás
de Pars, no Sul do Irã (a maior do mundo, compartilhada com Qatar), e passar
pelo Iraque, Síria e, finalmente, Líbano. Em seguida, ele poderia ir por baixo
do mar Mediterrâneo até a Grécia e além, ligar-se ao gasoduto árabe, ou ambos.
Depois dessas
informações, vejo que o motivo de uma invasão não se dá por política e sim por
poder. Filmes como Independece Day trazem os EUA como um governo que só quer o
bem da humanidade e, por isso, busca “protegê-la” de qualquer ameaça, mesmo que
sejam extraterrestres ou até mesmo islâmicos.
Para “proteger” a
população mundial vale tudo. O UFC tem regras, os EUA não. Quando trata-se de proteção,
vale invadir dados sigilosos de qualquer país, mesmo que seja um país
considerado aliado, vale matar milhares de pessoas em guerras como vimos na
invasão ao Iraque e Afeganistão, e até mesmo estourar uma bomba
químico-biológica na Síria criando assim um factóide.
O embate com os países
árabes não é a religião ou a falta de democracia, mas sim Petróleo e Gás
Natural. Você pode se perguntar: a democracia não é importante? Claro que sim,
defendo e apoio mecanismos que levem países a vivenciar a democracia, a
laicidade. Democratização não surge de um dia para outro, isso passa por um
processo de conscientização do povo e do governo. Uma ação militar não resolve,
temos como exemplo o Iraque e Afeganistão que ainda sofrem com as marcas de uma
mudança radical no curso do país.
Num passado não muito
distante, vimos aqui no Brasil o movimento chamado Diretas Já, e o processo
demorou anos para que o Regime Militar saísse totalmente de cena para dar lugar
a democracia. E estamos falando de um país que já tinha experimentado um
regime democrático. Agora, um país que nunca viveu isso e ter seu sistema
político transformado dia para outro, abruptamente, de nada adianta.
Diante de tudo isso, levanto
uma bandeira. Que a paz seja defendida até o fim. PAZ para os civis da
síria. PAZ para as crianças sírias. PAZ para não ver novamente poesias como a
Rosa de Hiroshima de Vinicius de Moraes. PAZ para não acordar cedo e ver no
noticiário que milhares de pessoas morreram em nome de interesses que não valem
mais que essas vidas.
Guilherme de Oliveira
Damião
Nao deixe que o fanatismo prejudique na argumentação, como fez na seguinte passagem: "O governo estadunidense tem declarado guerra a todo povo Islâmico"
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