Lembro-me de uma coleção de clássicos da literatura
mundial de capa vermelha com as letras escritas em dourado nas estantes das
bibliotecas (municipal, do Armel Miranda e do CEFAM) que me deixavam curiosa.
Julgava pela espessura do livro que o mesmo seria bom. Houve então uma época em
que fiquei fascinada pelos clássicos russos da literatura mundial, assim como
um tempo antes fiquei encantada por Machado de Assis.
Aprendi com Dostoiévski que “O homem é um ser
pusilânime”. Nunca me esqueço dessa
frase. Com certeza pelo motivo de que tive que recorrer ao Aurélio para
entender seu significado. E o autor de tal frase quem seria? Ao certo não me lembro.
Provavelmente seja Raskólnikov, o protagonista do livro Crime e Castigo, do mesmo
autor.
Descobri que a literatura russa se divide em eras,
que são denominadas: Antiga, Pré-Dourada, Prata, Soviética e Pós-Soviética. Os
autores que mais se destacaram em escala mundial no século XIX foram Lev Tolstói,
cujas obras mais famosas são Anna
Karenina e Guerra e Paz e Dostoiévski,
de Crime e Castigo, Os Irmãos Karamazov e O Idiota, entre outros.
Para quem quiser começar a se aventurar na
literatura do universo russo, uma dica que dou
é se atentar a constante troca de nomes dos personagens. Sério, eu
ficava muito perdida quando lia. O que
acontece, é que em muitas vezes, as personagens ou os próprios autores os designam
de outros nomes, que na verdade, seriam seus apelidos ou seus diminutivos. Na
Rússia os apelidos e diminutivos são bem diferentes do nome original da pessoa,
por isso a confusão pra nós, não acostumados com tal realidade.
Pesquisando sobre o assunto, li um texto que
aconselhava a ler os romances russos somente quando estiver mais maduro, pois
os mesmos são muitas vezes densos e longos, o que poderia desestimular a
leitura. Isso me chamou a atenção porque uma vez em alguma dessas bibliotecas
que frequentava, me disseram que os livros estavam divididos por série. Logo,
só poderia ler o que correspondia ao meu ano escolar. Acredito que se houver
interesse na leitura não se pode podar e restringir os livros de acordo com a
idade. O interesse e disposição são alguns dos itens necessários a uma boa leitura.
Thaís
Coelho
Parabéns pelo texto, Thaís e mais ainda, parabéns pelo excelente gosto pelos sagrados escritores russos... como boa filha de russos, em minha família todos lemos esses antes de nos aventurarmos em outras literaturas... concordo com você: é fascinante! Abç
ResponderExcluirObrigada Andrea, fico muito feliz que tenha gostado! Achei super legal que você mencionou que leu os russos antes de outras literaturas... geralmente falam o contrário né...muito bom!
ExcluirA literatura russa do século XIX é sempre lembrada e recomendada: isto é muito bom. Gostaria de acrescentar a poesia de Mayakovsky.
ResponderExcluirSe me permitem, indico “O formalismo e o marxismo: questões estéticas” (em http://blogconvergencia.org/blogconvergencia/?p=1204). Serve introdutoriamente a uma relevante discussão teórica.
Muito obrigada pelas indicações Antonio! É realmente muito bom quando nos indicam algo bom e novo! Li o texto que indicou e achei interessante as visões de Trotsky e Chklovski sobre arte e sua estética.
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