Hoje é um dia
especial em Castilho. Sei que os protestos começaram em São Paulo por motivos
específicos para os paulistanos, mas o movimento se alastrou e ganhou o país. Nós
aqui poderíamos muito bem apenas ficar assistindo ao Jornal Nacional e compartilhando/curtindo
no facebook, mas não. Logo mais traremos também nossa contribuição a esse
movimento que tem sido um sopro de vida para o nosso orgulho ufanista.
Ganhando as
ruas, as conversas, a rede e fazendo bambear as pernas dos políticos
politiqueiros, os protestos pelo Brasil trazem à tona uma variedade gritante de
insatisfações e angústias. Dos 0,20 centavos até a efetiva punição dos
mensaleiros, todo mundo tem algo que quer ver mudar pra melhor. Aliás, os 0,20 centavos
são apenas a gota d’água. Cansados de tanto apanhar, de sermos feitos de
palhaços, das falcatruas e escândalos, agora estamos todos unidos nas ruas
buscando alguma mudança e aquela dignidade de poder bater no peito e dizer:
aqui é Brasil, porra!
Ouço as pessoas
mais velhas reclamando e avacalhando com essa atitude da juventude. Nunca
entendo isso. Se ficamos ON somos um bando de bundões sem cérebros, comidos
pela preguiça (minha mãe falava isso). Se finalmente acordamos e lutamos por
algum ideal, mesmo que este ainda seja confuso e insólito, somos um bando de
vagabundos e desordeiros.
Inclusive, pra
mim, essa revolução tem justamente a ver com essa atitude dos mais velhos, dos
nossos pais. Somos a geração internet, informação, interação; eles são a geração
TV, assistindo impotentes, passivos e cansados pela lida o que o Bonner
resumiu. E isso nem é uma crítica. É só uma análise. Não queremos mais isso pra
gente e pros nossos filhos. Queremos mais; queremos melhor.
E aí entra a
política, e aí entra a participação de todos. Existe uma frase que diz que se
você fizer sempre as mesmas coisas vai obter sempre os mesmos resultados.
Concurseiros gostam dela. Devemos tomá-la como norte, como alicerce pras nossas
ações. Se você, amigo manifestante, não quer a perpetuação de tudo o que te
incomoda, se você quer ver esse mais do mesmo mudar pra algo melhor, faça
diferente e lute pra que o resultado seja outro.
E aí entra
nossa “cultura”. O famoso e até incentivado jeitinho brasileiro, desculpa
esfarrapada pra mau-caratismo, tem que morrer. Carteirinha de estudante é só
pra estudante, idosos tem preferência nas filas, o dinheiro a mais no troco não
é seu, as vagas de estacionamento para deficientes e idosos são para
deficientes e idosos, os professores não são monstros e merecem respeito não só
do governo, mas, igualmente, dos alunos, o subornar e ser subornado também não
vale, dentre tantas outras “manias” que temos. Modificar essas e outras tantas
pequenas atitudes podem fazer do Brasil um país melhor, transforma-nos numa
verdadeira nação.
Mais importante
que isso, não se deixe levar pela politicagem podre que existe por aí. Vender o
voto, fingir que vendeu pra ganhar um troco e enganar o candidato, apoiar
campanha esperando cargo público, fraudar concurso, ligar pra um conhecido e
exigir vantagens, pedir tratamento VIP pra político é tudo farinha do mesmo
saco. Uma verdadeira reforma política só vai sair do papel e tomar forma
concreta depois que essas pequenas coisas não existirem mais.
Pra encerrar,
gostaria de deixar aquele incentivo pra galera que vai participar. Façamos
nossa parte nessa mobilização nacional por um Brasil melhor no futuro. Façamos
direito, com ordem, pra que os incrédulos vejam que é pra valer, que queremos
uma mudança real e palpável, que cansamos de apenas ouvir falar num lugar
saudável e digno para vivermos. Vamos dar um jeito nesses jeitinhos e ajeitar o
Brasil. VEM PRA RUA, CASTILHO!
Márcio Antoniasi
PS: fiz esse
texto enquanto o Brasil enfrentava o México pela Copa das Confederações. Quem
me conhece sabe o que significa.
vamos ver se essa geração Y de Castilho é capaz de ir a rua mesmo. Minha geração coca-cola fez bonito no passado. Protesto sem baderna!!!!!!!
ResponderExcluiraqui em Castilho a coisa é diferenciada, o que acontece em nosso país não se aplica aqui.... seria muita inocência querer provar o contrario, pode lhe custar o seu cargo na Pref. Mun., suas gratificações e etc, quem era contra o 14 hj quer o 23, o 45 foi um mero devaneio e assim números, nomes e vulgos se resumem ao mesmo do portal adentro.....
ResponderExcluirpra que campo de futebol society se não temos saúde!!!
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