quinta-feira, 20 de junho de 2013

Vamos dar um jeito no jeitinho!



Hoje é um dia especial em Castilho. Sei que os protestos começaram em São Paulo por motivos específicos para os paulistanos, mas o movimento se alastrou e ganhou o país. Nós aqui poderíamos muito bem apenas ficar assistindo ao Jornal Nacional e compartilhando/curtindo no facebook, mas não. Logo mais traremos também nossa contribuição a esse movimento que tem sido um sopro de vida para o nosso orgulho ufanista.
Ganhando as ruas, as conversas, a rede e fazendo bambear as pernas dos políticos politiqueiros, os protestos pelo Brasil trazem à tona uma variedade gritante de insatisfações e angústias. Dos 0,20 centavos até a efetiva punição dos mensaleiros, todo mundo tem algo que quer ver mudar pra melhor. Aliás, os 0,20 centavos são apenas a gota d’água. Cansados de tanto apanhar, de sermos feitos de palhaços, das falcatruas e escândalos, agora estamos todos unidos nas ruas buscando alguma mudança e aquela dignidade de poder bater no peito e dizer: aqui é Brasil, porra!
Ouço as pessoas mais velhas reclamando e avacalhando com essa atitude da juventude. Nunca entendo isso. Se ficamos ON somos um bando de bundões sem cérebros, comidos pela preguiça (minha mãe falava isso). Se finalmente acordamos e lutamos por algum ideal, mesmo que este ainda seja confuso e insólito, somos um bando de vagabundos e desordeiros.
Inclusive, pra mim, essa revolução tem justamente a ver com essa atitude dos mais velhos, dos nossos pais. Somos a geração internet, informação, interação; eles são a geração TV, assistindo impotentes, passivos e cansados pela lida o que o Bonner resumiu. E isso nem é uma crítica. É só uma análise. Não queremos mais isso pra gente e pros nossos filhos. Queremos mais; queremos melhor.
E aí entra a política, e aí entra a participação de todos. Existe uma frase que diz que se você fizer sempre as mesmas coisas vai obter sempre os mesmos resultados. Concurseiros gostam dela. Devemos tomá-la como norte, como alicerce pras nossas ações. Se você, amigo manifestante, não quer a perpetuação de tudo o que te incomoda, se você quer ver esse mais do mesmo mudar pra algo melhor, faça diferente e lute pra que o resultado seja outro.
E aí entra nossa “cultura”. O famoso e até incentivado jeitinho brasileiro, desculpa esfarrapada pra mau-caratismo, tem que morrer. Carteirinha de estudante é só pra estudante, idosos tem preferência nas filas, o dinheiro a mais no troco não é seu, as vagas de estacionamento para deficientes e idosos são para deficientes e idosos, os professores não são monstros e merecem respeito não só do governo, mas, igualmente, dos alunos, o subornar e ser subornado também não vale, dentre tantas outras “manias” que temos. Modificar essas e outras tantas pequenas atitudes podem fazer do Brasil um país melhor, transforma-nos numa verdadeira nação.
Mais importante que isso, não se deixe levar pela politicagem podre que existe por aí. Vender o voto, fingir que vendeu pra ganhar um troco e enganar o candidato, apoiar campanha esperando cargo público, fraudar concurso, ligar pra um conhecido e exigir vantagens, pedir tratamento VIP pra político é tudo farinha do mesmo saco. Uma verdadeira reforma política só vai sair do papel e tomar forma concreta depois que essas pequenas coisas não existirem mais.
Pra encerrar, gostaria de deixar aquele incentivo pra galera que vai participar. Façamos nossa parte nessa mobilização nacional por um Brasil melhor no futuro. Façamos direito, com ordem, pra que os incrédulos vejam que é pra valer, que queremos uma mudança real e palpável, que cansamos de apenas ouvir falar num lugar saudável e digno para vivermos. Vamos dar um jeito nesses jeitinhos e ajeitar o Brasil. VEM PRA RUA, CASTILHO!


Márcio Antoniasi


PS: fiz esse texto enquanto o Brasil enfrentava o México pela Copa das Confederações. Quem me conhece sabe o que significa.

3 comentários:

  1. vamos ver se essa geração Y de Castilho é capaz de ir a rua mesmo. Minha geração coca-cola fez bonito no passado. Protesto sem baderna!!!!!!!

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  2. aqui em Castilho a coisa é diferenciada, o que acontece em nosso país não se aplica aqui.... seria muita inocência querer provar o contrario, pode lhe custar o seu cargo na Pref. Mun., suas gratificações e etc, quem era contra o 14 hj quer o 23, o 45 foi um mero devaneio e assim números, nomes e vulgos se resumem ao mesmo do portal adentro.....

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  3. pra que campo de futebol society se não temos saúde!!!

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