segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dostoiévski, Tolstói e afins

Lembro-me de uma coleção de clássicos da literatura mundial de capa vermelha com as letras escritas em dourado nas estantes das bibliotecas (municipal, do Armel Miranda e do CEFAM) que me deixavam curiosa. Julgava pela espessura do livro que o mesmo seria bom. Houve então uma época em que fiquei fascinada pelos clássicos russos da literatura mundial, assim como um tempo antes fiquei encantada por Machado de Assis.
Aprendi com Dostoiévski que “O homem é um ser pusilânime”.  Nunca me esqueço dessa frase. Com certeza pelo motivo de que tive que recorrer ao Aurélio para entender seu significado. E o autor de tal frase quem seria? Ao certo não me lembro. Provavelmente seja Raskólnikov, o protagonista do livro Crime e Castigo, do mesmo autor.
Descobri que a literatura russa se divide em eras, que são denominadas: Antiga, Pré-Dourada, Prata, Soviética e Pós-Soviética. Os autores que mais se destacaram em escala mundial no século XIX foram Lev Tolstói, cujas obras mais famosas são Anna Karenina e Guerra e Paz e Dostoiévski, de Crime e Castigo, Os Irmãos Karamazov e O Idiota, entre outros.


Para quem quiser começar a se aventurar na literatura do universo russo, uma dica que dou  é se atentar a constante troca de nomes dos personagens. Sério, eu ficava muito perdida quando lia.  O que acontece, é que em muitas vezes, as personagens ou os próprios autores os designam de outros nomes, que na verdade, seriam seus apelidos ou seus diminutivos. Na Rússia os apelidos e diminutivos são bem diferentes do nome original da pessoa, por isso a confusão pra nós, não acostumados com tal realidade.
Pesquisando sobre o assunto, li um texto que aconselhava a ler os romances russos somente quando estiver mais maduro, pois os mesmos são muitas vezes densos e longos, o que poderia desestimular a leitura. Isso me chamou a atenção porque uma vez em alguma dessas bibliotecas que frequentava, me disseram que os livros estavam divididos por série. Logo, só poderia ler o que correspondia ao meu ano escolar. Acredito que se houver interesse na leitura não se pode podar e restringir os livros de acordo com a idade. O interesse e disposição são alguns dos itens necessários a uma boa leitura.


Thaís Coelho

4 comentários:

  1. https://www.facebook.com/andrea.mamontow?ref=tn_tnmn14 de outubro de 2013 às 09:20

    Parabéns pelo texto, Thaís e mais ainda, parabéns pelo excelente gosto pelos sagrados escritores russos... como boa filha de russos, em minha família todos lemos esses antes de nos aventurarmos em outras literaturas... concordo com você: é fascinante! Abç

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    1. Obrigada Andrea, fico muito feliz que tenha gostado! Achei super legal que você mencionou que leu os russos antes de outras literaturas... geralmente falam o contrário né...muito bom!

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  2. Antonio Rodrigues Belon14 de outubro de 2013 às 10:47

    A literatura russa do século XIX é sempre lembrada e recomendada: isto é muito bom. Gostaria de acrescentar a poesia de Mayakovsky.
    Se me permitem, indico “O formalismo e o marxismo: questões estéticas” (em http://blogconvergencia.org/blogconvergencia/?p=1204). Serve introdutoriamente a uma relevante discussão teórica.

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    1. Muito obrigada pelas indicações Antonio! É realmente muito bom quando nos indicam algo bom e novo! Li o texto que indicou e achei interessante as visões de Trotsky e Chklovski sobre arte e sua estética.

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