quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

LIBERDADE DE EXPRESSÃO





Liberdade de expressão! Essa é a pedra no sapato daqueles que, na Administração Pública, se acham o próprio Poder, ao invés de detentores temporários de poder representativo. Esquecem-se que a monarquia já não vige mais há muito tempo, que vivemos sob a ordem da república e do estado democrático de direito.
Por falar em direito e em lei, a Constituição Federal, aclamada como a Constituição Cidadã, tal a extensão da proteção dada aos direitos e garantias fundamentais dos particulares, garante, em seu art. 5º, o direito a liberdade de expressão, o direito a livre manifestação do pensamento e a livre expressão da atividade intelectual, independente de censura ou licença. A Declaração Universal dos Direitos Humanos e diversos outros instrumentos normativos internacionais, como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e a Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem também alçam a liberdade de expressão ao status de direito fundamental. É, meu amigo, não é pouca coisa, não!
Qualquer nação que se preze leva tal garantia a sério. Mas, claro, déspotas, megalomaníacos, totalitaristas, fascistas, sejam da direita ou da esquerda, sentem um arrepio no espinhaço quando ouvem falar que a expressão livre está por perto, rondando. Hoje em dia, quando qualquer um pode filmar, gravar, emitir opiniões em blogs, vlogs, facebook, etc, a informação pode ser uma arma letal contra qualquer carreira política. Por isso na China proíbem o Google, em Cuba arrebentam uma blogueira e no Brasil armam-se tocaias pra quem “fala demais”.
Como é difícil pra quem está investido de poder aceitar que alguns são (e serão) contrários, que terão uma opinião diferente. O representante quer seu ego massageado pela totalidade dos representados, a unanimidade o adorando por seus nobres atos, quer ser recebido com o balançar de ramos por onde passa. A voz que se levanta, que ousa, que debate, que argúi, é sempre sufocada, perseguida! E a lei, que todos dizem que irão cumprir, é logo posta no lixo, pois a mesma Constituição que garante a liberdade para se expressar e pensar é clara ao atribuir aos membros do Legislativo e Executivo, em todas as esferas, o dever de zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas. A lei não é facultativa para a Administração Pública.
Seria interessante falar em ética e em moral, mas, ora, cara pálida, isso no meio político é luxo. Se apenas forem respeitadas a lei e as liberdades individuais já se estaria num incalculável lucro.
Aqui na distinta Castilho, o script inclina para um clima de cangaço. Perseguições, ameaças e coisas afins fazem parte do cotidiano, quiçá da ”cultura” local. Entretanto, espera-se que atual Administração, formada por professores, bacharéis e petistas, quebre a escrita e eleve a município a um patamar de civilidade e respeito à liberdade de expressão. Que os meios de comunicação, as opiniões ou mesmo as simples conversas de praça pública, sejam da situação ou da oposição, falem bem ou falem mal (o que, às vezes, é só a verdade), possam ser tratados com respeito e isonomia.



PS: reza a lenda que na Roma antiga, quando um general voltava vitorioso de uma batalha, percorria a cidade sendo glorificado. Atrás dele, no entanto, um escravo sussurrava ininterruptamente, para que não esquecesse que toda ascensão tem sua ruína: Memento mori. Traduzindo: Lembra-te que és mortal.


Márcio Antoniasi

4 comentários:

  1. falou e disse Marcio Antoniasi.............tava engasgado né...kkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Texto ótimo para uma publicação na administração pretéritaa caso essa se refere a atual....!!!
    Gostaria de saber, como fiel leitor que sou e que dessa forma fosse escrito em forma de texto, caso possivel, os frutos colhidos diante dos textos aqui publicados, ou não seria essa a intenção, até mesmo porque, toda ação tem sua reação....!! "Uma simples e pequena andorinha nem sempre consegue convencer e nem ao menos fazer verão"

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    1. Primeiramente queríamos agradecer pela assiduidade.
      Depois, gostaria de pedir que você, por favor, se identificasse e assim pedéssemos ter uma conversa mais franca. Daí a gente pode começar a conversar e mostrar os frutos colhidos até aqui.

      Opositores

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  3. Agradeço desde já pela consideração a mim inclinada como leitor pela resposta dada, embora, em momento algum quis me identificar e ter um conversa franca com sua pessoa que consequentemente não levaria a nada, ate mesmo porque, papel aceita tudo e vai de cada leitor saber interpretar, digerir e desconsiderar alguns muitos escritos aqui publicados. Sobre os frutos que segundo você são colhidos através dessas postagens, acho que seria de grande importância serem revelados, uma vez que, segundo a minha concepção, isso demonstra o reconhecimento de seus textos e uma preocupação por partes dos protagonistas aqui citados em melhorar, isto é, se eles realmente fazem mereçedores dos papéis a eles atribuidos (culpa). Do mais, continuarei lendo os textos aqui publicados, como bom alfabetizado que sou e esperando sobre os frutos colhidos até aqui... Att.

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