sábado, 13 de julho de 2013

Meu dia do rock




Hoje, dia 13 de julho, os rockistas comemoram o dia mundial do rock. Pra muitos, mais do que um gênero musical, trata-se de um estilo de vida, um modo de pensar, ver e sentir o mundo.  O dia dos caras de camiseta preta está quase acabando, e eu aqui em casa, dando aquela faxina de fim de semana, tocando a vassoura e curtindo um Red Hot, tive um insight de um texto natimorto.  
Tem sempre aquelas músicas peculiares, que fazem parte de algum momento especial ou que fazem a gente ficar animado. Não sei se é com todo mundo, mas sempre fico entusiasmado ao ouvir Livin’ on a Prayer, do Bon Jovi, ou The Kids Arent Alright, do Offspring. Sei lá, são músicas empolgantes!
Tenho vários rocks que fazem parte de algum momento especial da minha juventude e tals, e vou tentar falar deles, situando o contexto e dizendo o porquê deles serem importantes. Ouvir Descobrimento do Brasil, da Legião, por exemplo, sempre me faz lembrar da Magrela.
Quando garoto eu tinha uma banda chamada Falange junto com meus primos Sóter e Saulo e com os parças Renato e Rodolfo. Ensaiávamos num “estúdio” nos fundos da casa dos Luciano Nóia. Já há um tempo eu e o Rodolfo tentávamos tirar The Trooper, do Iron, e resolvemos arriscar tocá-la num dos ensaios. Quando começamos a tocar o primeiro riff, em dueto, o Nei, o Gão, e outros os caras mais velhos de rock da cidade vieram nos ver, surpresos com nossa audácia. Lembro deles dizendo: -Olha a molecada mandando um Iron, véi! Porra! Ficou massa! E essa é a primeira música desse texto: The Trooper! (tenho um VHS da gente tocando)

A segunda é uma música do Helloween. Fomos tocar em Três Lagoas, num bar chamado Jaboo. Claro, fomos jogados pra última banda e quem já foi nesses festivais sabe o que é ser o último a tocar. Lembro que eu e o Rodolfo dormimos num sofá e lá pelas cinco da manhã o Renato vem nos acordar, dizendo que era nossa vez de tocar. Estava todo mundo chapado, cansados do bate cabeça. Entretanto, quando começamos a tocar todos se levantaram e partiram novamente pro bate cabeça. Os donos do bar quiseram fazer a gente parar, mas todos gritavam pra deixarem a gente tocar mais. A segunda música: Power, do Helloween. (no dia eu detonei na hora do solo)

A terceira e última música é de nossa autoria: Eu quero é que se foda! Não tivemos muitas músicas, apenas esta e outra chamada Pati Girl (eu tinha o áudio dessa, mas não sei onde foi parar). Não tenho nenhuma gravação de Eu quero é que se foda!, mas lembro de um pedaço da música. Dizia:

Eu quero é que se foda!
Eu quero é que se foda!
Ninguém tem nada a ver com meu cabelo
Ninguém tem nada com a minha vida
Se liga na foda seu otário
Ninguém tem nada a ver se eu não trabalho

Pueril, eu sei, mas era massa ver todo mundo cantando e vindo falar que a música é fera demais. E é massa ter esses momentos pra contar. E tem mais muitos causos da época do rock. Tinha o São Rock naquele salão do Alípio, um mini Woodstock que fizemos na praça, meu irmão gritando “morte aos pagodeiros”, os Toma Rock dos compadres Nathan e Piruquinha. E isso aí é um pouquinho do meu Dia do Rock. Long live Rock’n Roll!

Márcio Antoniasi

Um comentário:

  1. Meus 20 e poucos anos de Rock n' Roll.

    "Rock n' Roll never die!"... Parece ser desde então, as palavras de ordem que impulsionam e justificam a solidez desse estilo de vida. Palavras brutas como rochas e que perduram ao longo dos tempos.
    Uma missão bastante complicada a de compilar aqui uma lista com as músicas que marcaram os meus anos de rock n' roll, então vou tentar ater-me em nomes.
    Esta é uma viagem no tempo e no blues de Mr. Robert Johnson... (Reza a lenda que este teria vendido a sua alma ao diabo).
    Passando pelas ondas suaves e aveludadas da voz de Mrs. Holliday... (Na penumbra do meu quarto, abajur opaco e uma taça de vinho Santa Helena).
    A ascensão de um rei, Elvis... (Primeiro e único).
    E os seus súditos em um submarino amarelo para Liverpool... os Beatles.
    As melodias ensolaradas dos Beach Boys e as proféticas palavras nasaladas de Mr. Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan... (Um homem a frente do seu tempo).
    Who... (Talvez a melhor banda de todos os tempos).
    As portas da percepção, estas abertas pelos Doors... (E a obra de Aldous Huxley).
    Zeppelin ou Sabbath? (Sou Sabbath).
    A transmutação da guitarra nas mãos de Mr. Hendrix...
    O longevo "New" Young, tempestade e calmaria... (Gaita e violão). Tanks for Neil.
    Com armas, ou melhor, com guitarras nas mãos, e o mundo aos seus pés GNR... (Talvez onde tudo tenha começado).
    Amigos e irmãos de longa data, precursores: Giba, Nei e o Pato com os seus indefectíveis shorts ala W. Axl Rose da "N"... (Não vou citar o nome, apenas a letra "N", temo ser processado). [Risos].
    Três acordes e menos de três minutos: Ramones e uma revolução... (Rujão ao traduzir de forma apaixonada as letras de Joey Ramone).
    Gratificante, de irmão para irmão, mas os papéis se inverteram e são eles que apresentam novos sons.
    Sou suspeito, por isso serei breve, grunge ou não: Pearl Jam... (Minha banda favorita/ Meu primeiro show internacional - 2005).
    De lá para cá: Mudhoney, Chris Cornell, Black Label Society, Korn, Ozzy, Metallica, Sebastian Bach, Guns, Aerosmith, X, PJ, Kaiser Chiefs, Hives e mais Pearl Jam...
    Mulheres no rock, como não falar da minha "BbLaine"? Na sua casa as melhores festas... Só mesmo quem presenciou pode dizer.(Éramos felizes e não sabíamos).
    E ainda tem a Legião e os Engenheiros que dividiam e uniam "duas tribos" sendo fonte de inspiração para ambas... (A amizade e um tempo onde éramos tão jovens).
    Os Titãs e o Ira! O Ultraje marcou um período no ensino médio... (Atitude e camisetas).
    Chegaram os Raimundos e como em uma de suas músicas, também acreditei que nunca iriam se acabar.
    Tenho andado um tanto nostálgico, comprei um toca discos. Uma noite fantástica... (Saudades do chiado das bolachas pretas). "Spin The Black Circle". E. V.
    Tantas bandas, tantas músicas, tantas memórias... Uma pá como baixo, um trocadilho com o nome de um álbum "Cowboys From Sítio" (Cowboys From Hell/ Pantera), a praça da matriz, as tardes de truco e cachaça barata, tereré, o Gerus Rock, Os Mexicanas e o pré-carnaval ao som de Offspring e outros, o Boquerão...
    Pouco dinheiro no bolso, os dreads do Baguy, Japão com seu skate e seus tênis surrados, as dublagens no Colégio, o guarda-roupas grunge... Memórias.
    "Paranóia" Unplugged. Nem sei de onde vieram algumas pessoas... (Movimento estranho na área de serviço). [Risos].
    Estou me tornando um “tiozão”: hoje vejo o Fê (meu afilhado e sobrinho) no “Youtube” arrasando com “Evacuation” e “Given To Fly”, o Dérek: He Ho Lets Go... (Seus bodies e suas camisetas).
    Realmente um estilo de vida.

    "Long live Rock n' Roll"!

    Gão!

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