segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Proteção ou ganância?

Nessas últimas semanas estamos vendo cenas de uma novela, onde o governo estadunidense está numa dúvida cruel: atacar ou não a Síria.
Barak Obama, atual presidente dos EUA, é um governante que está buscando apoio do congresso para começar mais um massacre, mais um para a coleção de “trunfos” diante de países que tem ligações com o “terrorismo”.
O governo estadunidense tem declarado guerra a todo povo Islâmico. Tem perseguido todo aquele que crê nos ensinamentos de Maomé, e com essas atitudes tem demonstrado que são contra a liberdade religiosa.
Bashar al-Assad está como líder de estado na Síria e tem dado continuidade ao governo anterior. Tem em suas mãos um país que está na mira de grandes investimentos, um deles, ou o maior deles, é um gasoduto que seria  de US$ 10 bilhões, de 6.000 quilômetros está definido para iniciar no campo de gás de Pars, no Sul do Irã (a maior do mundo, compartilhada com Qatar), e passar pelo Iraque, Síria e, finalmente, Líbano. Em seguida, ele poderia ir por baixo do mar Mediterrâneo até a Grécia e além, ligar-se ao gasoduto árabe, ou ambos.
Depois dessas informações, vejo que o motivo de uma invasão não se dá por política e sim por poder. Filmes como Independece Day trazem os EUA como um governo que só quer o bem da humanidade e, por isso, busca “protegê-la” de qualquer ameaça, mesmo que sejam extraterrestres ou até mesmo islâmicos.
Para “proteger” a população mundial vale tudo. O UFC tem regras, os EUA não. Quando trata-se de proteção, vale invadir dados sigilosos de qualquer país, mesmo que seja um país considerado aliado, vale matar milhares de pessoas em guerras como vimos na invasão ao Iraque e Afeganistão, e até mesmo estourar uma bomba químico-biológica na Síria criando assim um factóide.
O embate com os países árabes não é a religião ou a falta de democracia, mas sim Petróleo e Gás Natural. Você pode se perguntar: a democracia não é importante? Claro que sim, defendo e apoio mecanismos que levem países a vivenciar a democracia, a laicidade. Democratização não surge de um dia para outro, isso passa por um processo de conscientização do povo e do governo. Uma ação militar não resolve, temos como exemplo o Iraque e Afeganistão que ainda sofrem com as marcas de uma mudança radical no curso do país.
Num passado não muito distante, vimos aqui no Brasil o movimento chamado Diretas Já, e o processo demorou anos para que o Regime Militar saísse totalmente de cena para dar lugar a democracia. E estamos falando de um país que já tinha experimentado um regime democrático. Agora, um país que nunca viveu isso e ter seu sistema político transformado dia para outro, abruptamente, de nada adianta.
Diante de tudo isso, levanto uma bandeira. Que a paz seja defendida até o fim. PAZ para os civis da síria. PAZ para as crianças sírias. PAZ para não ver novamente poesias como a Rosa de Hiroshima de Vinicius de Moraes. PAZ para não acordar cedo e ver no noticiário que milhares de pessoas morreram em nome de interesses que não valem mais que essas vidas.


Guilherme de Oliveira Damião

Um comentário:

  1. Nao deixe que o fanatismo prejudique na argumentação, como fez na seguinte passagem: "O governo estadunidense tem declarado guerra a todo povo Islâmico"

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