sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A cultura em Castilho: onde está o popular?

Nos últimos textos tenho evitado falar sobre a administração de Castilho.  Nesse primeiro ano de blog, foram mais de 30 mil acessos e muita polêmica. Percebi que muita gente em nossa cidade não está acostumada com opinião. Para essas pessoas, toda crítica é interessada em uma teta da administração. Talvez leiam os nossos artigos com um espelho nas mãos. Só são piores aqueles que nem lêem e cobram de nós não palavras, mas atitudes. Mal sabem eles a atitude que carregam certas palavras. A inquisição e a censura na ditadura militar sabiam muito bem disso...
Enfim, depois de um tempo sem críticas à administração, aqui estou para falar, novamente, de nosso departamento de cultura.  Primeiro, elogiar. Semana passada, nosso amigo Fordinho e sua equipe promoveram uma bela semana cultural, com diversos eventos musicais que há temos não víamos por aqui. Ninguém duvida da capacidade de nosso diretor, especialmente eu, que já participei, em um tempo remoto, da sua big band e pude observar de perto sua capacidade e, principalmente, sua paixão pela música e pela arte. Foi mais um tiro certo de Joni para o cargo.

Créditos da foto: Portal Castilho
 

Entretanto, tenho uma crítica a fazer. Ainda vejo predominar nas ações culturais promovida por nossa administração alguns estereótipos de cultura, marcados, geralmente, pela promoção da arte clássica, especialmente na música: violinos, metais, orquestras etc. Não que se deva esquecer esse esses modos de expressão artística, pelo contrário, tem que se dar acesso a todos os tipos de cultura. É por isso mesmo que creio que se deve promover maior diversidade artística, principalmente no âmbito da cultura popular. 
Ideia interessante para o próximo ano seria a de o departamento de cultura mapear, primeiramente, os talentos da cultura popular existentes em nossa cidade: bandas de pagode, rap, rock, sertanejo, MPB. Além disso, cultura não é só música. É, também, artes plásticas, fotografia, grafite, teatro, cinema, capoeira, literatura e muito mais. Por isso, realizar esse mapeamento, em minha modesta opinião, seria fundamental para ações mais eficientes de incentivo e promoção da cultura já existente. Para se ter uma ideia, quarta-feira, dia em que se iniciou a Semana Cultural, foi também dia da consciência negra e não me lembro de alguma ação cultural que lembrasse a influência da cultura negra em nosso país.  Talvez, com o mapeamento das expressões artíticas de nossa cidade, fosse possível, nessa data tão importante para nossa identidade, promover a expressão dessa cultura.
O meu alento é que conhecendo o nosso diretor, sua humildade, capacidade e disposição parar trabalhar, certamente virão ações mais diversificadas para o próximo ano. O meu desalento é a incerteza da liberdade e automia que ele está tendo no departamento. Vou continuar observando e, se necessário, relatando...
 
Samuel Carlos Melo 

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